Raveneh chegou num vilarejo pequenininho, onde um monte de pessoas faziam seus serviços: as mulheres lavando roupas e homens em suas poltronas confortaveis e fumando aspargos. Já as crianças cumpriam sua função amavelmente, gritando por todos os cantos e sempre berrando quando fossem picados por uma abelha.
A Renegada estava de olhos arregalados com a estranha visão.
- Haho! - exclamou uma mulher - forasteiros! Quem são vocês?
- Eu me chamo Raveneh - a fadinha se apresentou com um sorriso estampada na cara - e ela se chama Renegada! E viemos...
- Wow! - disse outra mulher. Forasteiros eram novidade - e vão pra onde?
- Iremos à capital! - respondeu a Renegada, com um brilho estranho no olhar.
- Sim! Achamos essa estrada graças a uma mulher estranha... - acrescentou Raveneh, gesticulando muito - ela se chama Maria Jhu...
- NÃO! - bradou um homem, fazendo todas as pessoas ficarem caladas - não a Maria Jhujhu! Como ela era?
- Wooow... não me lembro!... - mentiu Raveneh, com medo daquelas pessoas que assumiam um olhar selvagem.
- Impossivel esquecer-la! Banida para as Terras de Gelo! O nosso Rei não gosta dela! Ditadora, cruel! Uma feiticeira! - bradava o homem, sempre cuspindo selvagemente.
- Querido!... - uma mulher loira resmungava - estás contando demais em respeito à esta estranha mulher.
O homem apenas assentiu e disse:
- Vão embora! Raveneh e Renegada quase caíram em choro, ao verem as expressões raivosas gravadas nos rostos das mulheres, das crianças e dos homens que ali estavam.
Continuaram seu caminho, sempre encontrando morangos na trilha... Depois de muitos e muitos dias, depois de terem saído de uma imensa floresta onde quase morreram esmagadas por um bicho enorme e esquisito, chegaram à capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário