sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Parte 33 - Invasão

Censura: 12 anos.
Motivo: violência.

O povo do Norte (para facilitar aqui, chamarei o povo do Norte simplesmente de "nortistas") havia ultrapassado as fronteiras. Mais rápido do que o Rei pensara. E o povo das Campinas mal sabia sobre esse povo nortista, porque Raveneh não escutara a conversa entre Karl e o Rei, portanto não tinha conhecimento desta nação que queria expandir seus limites e invadir o reinado do Rei, e assim ter um império mais forte.
Passou-se uma semana sem novidades. Raveneh já se sentia arrependida, e desejava mais do que nunca voltar para as Campinas. Todos os dias ela dançava para o Arthur, e jantava com o Rei e seu filho. Não estava exatamente numa fase muito boa. As cartas iam e voltavam, e Raveneh desabafava com Johnny, principalmente, sobre como era insuportavel ficar servindo a alguém de forma tão mentirosa.
Uma, duas semanas.
E o inferno começou a se instalar.
Os nortistas haviam tomado o reino. Atearam fogo nas cabanas, e o Rei assustado, pois esperava que eles invadissem mais tarde, procurou por Karl que comandou a defesa. E dá-lhe canhões, tiros, urros, incêndios. Um grupo de nortistas valentões conseguiram entrar na barreira de soldados fiéis e entrar no castelo.
- Não ateiem fogo - disse o chefe - vamos precisar do castelo! Matem o Rei e quem estiver dentro!
Quando Raveneh viu os nortistas chegando, seminus e sedentos por sangue, o sangue subiu a cabeça. Correu para o aposento, e viu que o Rei não estava. Procurou pelo Arthur: estava no quarto, escrevendo qualquer coisa. Onde colocaria o menino?
- Arthur, venha!
- O que houve, Catherine! - gritou Arthur, tentando se desvencilhar de Raveneh.
- Invadiram o castelo! - respondeu Raveneh ofegante - invadiram...
Escutou gritos. Correu até para baixo, entrou na cozinha. Viu a Kelly acuada por um nortista. A Kelly gritou desesperadamente, para ter sua voz silenciada pela afiada lâmina do nortista. Raveneh tapou os olhos de Arthur, e correu procurando por um lugar seguro. Diabos, onde tinha um lugar seguro neste castelo?
- Cadê papai? - perguntou Arthur.
- Não sei! - Raveneh disse - eu não sei, merda!
Estavam num corredor, e os nortistas bloquearam a saída.
- Quem é este, mulher? - perguntou um deles.
Raveneh recuou, puxando Arthur para junto de si.
- Você não vai falar nada, entendeu? - mandou Raveneh.
- Vagabunda, fale - disse um nortista - quem é o menino? Seu filho?
- Vocês não vão pegar-los - Raveneh disse, enquanto andava para trás.
Trombou com a parede. Merda. Não tinha saída. Porque nunca tinha prestado direito a lutar lutas marciais nas Campinas??
- Arthur, fique atrás de mim - disse Raveneh, puxando Arthur. Ele abraçou Raveneh forte, com medo.
Raveneh olhou para a direita. Nenhuma porta. Olhou para a esquerda. Uma porta de vidro. Perfeito.
- Te segura, Arthur! - gritou Raveneh.
E deu um violento chute na porta, onde chacoalhou vidro para tudo que é canto. E os dois entraram correndo no quarto.
- PEGUEM A MENINA E O GAROTO! - o mais grandão dos nortistas falou apontando freneticamente.
- Cadê papai? - perguntou Arthur de novo.
- Não sei! - respondeu Raveneh. Estavam num quarto completamente vazio, sem uma mobília sequer. Lamentou por alguns instantes, até ver uma porta aberta. E da porta dava-se para ver uma escada.
- Isso aí é uma saída de emergência. - disse Arthur.
- Estamos numa emergência, não é? - Raveneh disse. E os dois desceram a escada apressados.
Não foram muito longes: Raveneh sentiu um par de mãos enormes e fortes a apertarem nos ombros.
- Você vai onde, mocinha? - sussurrou uma voz ríspida, em um forte sotaque. O hálito do homem fedia!
Raveneh mordeu o lábio inferior, e tentou se desvencilhar, mas não conseguiu se libertar. Será que Arthur conseguira escapar? Será?
Colocaram um saco negro na sua cabeça, a impedindo de ver o que se desenrolava lá fora. Só podia escutar, e pôr em ação seus instintos de fada. Precisava ver como escapar. Na hora não daria... Mas depois? O que fariam com ela? Meu Deus, Raveneh sabia que tinha que escapar rápido! E Arthur podia a detestar e tudo o mais, mas ela sentia que aquele menino precisava dela. As Campinas dependiam dela, de suas ações.
Sentiu um par de mãos a carregando.
- SOLTEM-ME! - berrou Raveneh desesperada.
- O que faço com ela, chefe? - perguntou um homem. Outra voz, tão áspera quanto a primeira, respondeu:
- Jofre, você não sabe o que fazer com uma pirralha se esgoelando? Faça o que quiser com ela! Essa aí é uma empregada, não precisamos dela viva. Ela não vale chantagem.
- Sim, chefe.
E o homem riu, fazendo Raveneh gelar e não gritar mais.

N/A:Err... a partir de agora, a história vai tomar um rumo meio... sangrento. Portanto, antes a historinha era livre para crianças e adultos. A partir de agora, eu não me responzabilizo pelos enjôos que você tiver com cenas sangrentas (não que as minhas cenas sejam pedaços de filmes como Jogos Mortais, mas alguém meio sensível e com uma imaginação ultra-fértil pode acabar se chocando x.x)...

Beijos =*

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