- Oh, my God! - suspirou Maria Jhujhu, ensopada da cabeça aos pés - você está bem?
Raveneh encarava a Maria com um olhar sonolento. A água ainda caia, mas de forma fraca. O céu continuava cinzento, mas um pouco de azul aparecera.
- Rafitcha ficou desesperada - contou Maria enquanto pegava nos braços de Raveneh e a ajudava a se levantar - a chuva ainda está caindo e o céu me parece mais animador. Não foi nenhuma tragédia - completou com voz insegura.
Raveneh somente esfregou os olhos. Seus cabelos estavam imundos de terra.
- Um animal... chuva... - sussurrou, pasma - estou sem saber o que fazer...
- Oh, meu Deus, Raveneh - Maria Jhujhu limpou os cabelos com as mãos - Núbo ficou tão preocupado comigo!
- Quem é Núbo? - a fadinha respondeu intrigada - não o conheço.
- Ele vive viajando - Maria respondeu - e não se desvie do assunto! Porque não correu junto com Rafitcha?
- Não sei... - Raveneh começava a se irritar com o excessivo cuidado de Maria - eu posso cuidar de mim sozinha, não? - acrescentou exasperada.
Maria somente deu um passo pra trás:
- Calma - disse - o que houve foi muito sério. Não uma tragédia. Mas o início de uma... - parou de repente, levantando o nariz intrigada - está sentindo um cheiro estranho?
- Não... - Raveneh ameaçou desabar outra vez, mas resistiu - não sinto nenhum cheiro...
Maria ergueu a mão, ordenando que Raveneh se calasse, ao que esta obedeceu.
- Passou - disse Maria depois de um tempo.
As duas caminharam em direção às cabanas. Observadas pelo Rei.
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