- Tragam o prisioneiro!
Todos estavam dispostos em fileiras bem assentadas, diante de uma juíza com cabelos lisos e loiros, e olhos redondos, amigáveis e cor-de-mel.
Quatro fadas com os braços desnudos e olhares sérios vieram, com o Rei de cabeça erguida entre elas. Raveneh percebeu que ele estava acorrentado em correntes de ferro, que todas as quatro seguravam.
- P-papai... - murmurou Arthur.
Era a primeira vez que Raveneh e o pessoal das Campinas o viram tão cabisbaixo. Mas, realmente, a não ser que você odeie profundamente seu pai, é um soco no estômago ver seu pai preso, julgado e muito provavelmente condenado.
- Vai sair tudo bem... - tranquilizou Raveneh, embora ela soubesse que o resultado do julgamento ia ser a morte.
- Tragam a prisioneira!
Outras quatro fadas de olhos sérios vieram, dessa vez com a Renegada acorrentada no meio do quarteto.
- R-Renegada... - murmurou Raveneh.
Lembrou-se do dia em que conheceu Renegada. No dia ela era baixinha como ela, mas no decorrer do tempo, ela se equiparou a uma mulher normal em altura. Provavelmente era encanto, porque pesquisara uma vez e descobrira que fadas das trevas não costumam ser baixinhas.
Ela era um doce de menina, e cantara com ela...
Nunca suspeitara que ela tivesse algum envolvimento com o Rei...
- Olha lá a Lala! - exclamou Kibii que estava sentada ao lado de Raveneh - ela está tão preocupada!...
- Deve ter descoberto coisas chocantes! - palpitou Fer - e vai ter que contar tudo hoje...
- O Rei parece tranquilo - murmurou Kibii - Renegada também. Ah, mas ela vai sair inocente!
Lynda estava sentada uma fileira atrás de Raveneh, e ainda tinha uma excelente audição que lhe permitia escutar todos os comentários no tribunal. Ruronna está aqui. dizia para si. Ruronna veio, e isso quer dizer que não importa o que Mycil faça, já era...
Conseguiu engolir seus soluços.
Aguardou.
- Eu me chamo Clah Alfacce - disse a juíza com um leve sorriso pelo rosto. Parecia uma dessas pessoas que sempre estão contentes com a vida, mesmo que aconteça uma guerra, mesmo que criancinhas estejam sendo assassinadas na sua frente, mesmo que um inocente seja condenado. A juíza parecia estar sempre feliz, com um sorriso no rosto - e serei a juíza neste presente e duplo julgamento. O Rei Calvin Mo, que reina sobre Heppaceneoh, foi detido por crimes como tentativa de sequestro contra a Senhorita Raveneh, que implica em quebra de Tratado. Também cometeu o crime de ameaçar o céu das Campinas, e tentar invadir as Campinas, mesmo isso implicando que o Tratado Campinas-Heppaceneoh, feito há dez anos atrás, seja quebrado. Já a Mycil Regallian está detida sobre o crime de ser cúmplice do Rei Calvin Mo.
- Mycil Regallian? - Fer indagou, surpresa.
- Você não achava que ela se chamava Renegada mesmo, achava? - riu Umrae.
Tatiih concordou, e completou com o seu conhecimento de história:
- "Renegada" é um título que muitas pessoas costumam usar, quando são banidas de seus lares e coisas assim. E são obrigadas a se apresentar assim, geralmente. Porém creio que a Renegada resolveu utilizar esse título em vez do seu nome, porque ela não estava na terra dela...
- Ah. - Fer mordeu o lábio inferior.
- Ela já foi lá pra casa brigar com papai... - resmungou Arthur - ela é uma chata de primeira! Papai disse que ela é má.
- Não! - escandalizou-se Raveneh - Renegada não é a vilã aqui! Ela é muito boa e gosta muito de você! O seu pai a odeia, por isso tenta fazer com que você a odeie também!
- Hmpf. - fez Arthur.
A juíza pigarreou.
- Rei Calvin Mo de Heppaceneoh, se diz inocente ou culpado? - perguntou.
- Inocente, claro. - disse o Rei - embora eu tenha cometido os crimes e...
- Mycil Regallian, conhecida como Renegada, se diz inocente ou culpada? - interrompeu a juíza.
- Inocente! - exclamou Renegada.
Siih estava sentada ao lado da juíza, em uma cadeira especial. Vestia um longo vestido azul-marinho, muito escuro. Estava bastante interessada no julgamento.
Lefi estava sentado ao lado da irmã, e com uma maleta de socorros, afinal Siih viera ao julgamento mesmo ainda não estando recuperada totalmente...
- Pois bem... - disse a juíza - por favor, senhorita Lallyn...
- Sim! - exclamou Lala sorridente, com seus cabelos laranja.
- O nome de Lala é Lallyn? - exclamou Kibii pasma - ahah, que nome de princesa!
- É bonito. - disse Arthur - ela é bem bonita!
- AH! - riu Fer - você é um pirralho, e já acha que a senhorita Lallyn se interessará em você?!
- Eu não disse isso! - resmungou Arthur ficando muito vermelho de repente.
- Ah, que bonitinho, ele ficou vermelho! - cochichou Raveneh entre risos.
Todos riram, deixando Arthur muito sem graça.
- Pois bem, senhorita Lallyn Sakamoto - disse a juíza - por favor, apresente os depoimentos que acusam o Rei Mo.
- Sim! - concordou Lala e pôs um monte de papéis em cima da mesa.
- Sakamoto? - murmurou Tatiih - Sakamoto é uma antiga família que sempre...
- Aquela que gerava só filho que ia pra guerra? - completou Fer - sim, Lala é a última herdeira dessa família! Lallyn Sakamoto! Que chique, ela tem ascendência nobre *o*
Todos riram, inclusive Arthur.
O julgamento prosseguia, entediante.
Lala dizia o que ia contra e a favor do Rei, e repetia o mesmo a Renegada.
Quando chegaram a parte de dez anos atrás, Raveneh e seus amigos das Campinas se arrependeram profundamente de terem arrastado Arthur de lá. Antes não tivessem trago Arthur!
- Então você teve um filho com o Rei Calvin Mo? - indagou a juíza Clah.
Raveneh estava estarrecida, Fer, Kibii, Tatiih, Umrae, todos estavam profundamente chocados.
Mas Arthur era quem mais mostrava sinais de choque.
Eu sou o filho de Renegada... repetia a si mesmo, confuso eu sou filho de verdade do papai. Eu não sou adotivo, eu realmente...
- Tire-o daqui! - disse Maria com rispidez - Arthur não deve ouvir tudo! Eu mesma não sei a história, mas Lala acabou de me pedir para que tirasse Arthur daqui!
- E-e-está bem! - murmurou Raveneh chocada - Arthur, vamos...
- Não.
- Vamos! Veja, precisamos beber água e...
As vozes eram sussurradas para não atrapalhar o julgamento.
- A-Arthur, não precisamos mais ficar aqui... - Fer tentou persuadir.
- Renegada me abandonou... - murmurou Arthur.
- Isso não é verdade! - exclamou Maria entre cochichos - saia daqui!
- Eu quero escutar tudo. - afirmou Arthur.
- Você só tem dez anos! - exclamou Tatiih - vamos sair daqui, você querendo ou não!
- Não!
A última fala não foi mais cochichada, foi um grito que fez todos se calarem.
A juíza levantou a cabeça, com um olhar agudamente penetrante:
- Quem está gritando?
Gika e Vê que estavam no julgamento, perto de Siih, cochicharam:
- Devem ser o pessoal das Campinas...
Lynda estava escondida sob o capuz, e se levantou.
- Acho melhor você sair... - disse para Arthur.
- Quem é você? - perguntou Arthur.
- Você não precisa saber... - murmurou Lynda erguendo só um pouco do seu capuz, deixando Arthur visualizar o brilho maldoso dos seus olhos e sentir um frio na espinha - só precisa sair. Sabe, crianças não devem vir a julgamentos.
- E-eu...
- Vá embora. - disse Lynda.
Arthur calou a boca e consentiu, e foi embora com Tatiih e Umrae. Raveneh queria ir junto, não queria mais escutar tudo aquilo, porém foi obrigada a ficar, pois era a vítima da tentativa de sequestro, portanto testemunha dos crimes do Rei.
Lynda se sentou novamente e olhou para a irmã, que sorriu. Obrigada, irmã... Não posso deixar que meu filho veja o acontecerá a seguir...
- Deseja falar algo, senhorita Mycil Regallian? - indagou a juíza, vendo que a Renegada levantara a mão direita.
- Sim. - respondeu Renegada.
- Agora? - murmurou Ruronna - adiantou em uma semana... esperta, você!
- Cale a boca - cochichou Renegada.
- Permito que fale, senhorita - disse a juíza com o seu sorriso leve e eterno.
Renegada se levantou. Agradeceu por terem tirado seu filho dali, pois não queria que ele ficasse traumatizado para o resto da sua vida. Estava com tanto medo de que as coisas dessem errado...
Eu não consegui ficar em paz
Eu estava sempre me perturbando
Remoendo meus pecados
- Eu... - murmurou Renegada sem olhar para ninguém - eu não sei o que falar... Mas primeiro... o-obrigada... por tirarem meu filho daqui... Eu não suportaria ver-lo...
- Estúpida - murmurou Lynda para si - ela sempre foi tão sentimental...
O sol começava a se esconder atrás das nuvens, como se estivesse prevendo um triste fim.
Eu não consegui ficar em paz
Eu precisava de você
Mas você...
Você me traiu...
- Para mim, o resultado do julgamento pouco importa - continuou Renegada, enquanto todos permaneciam em silêncio - o resultado não mudará o meu destino. Geralmente, fadas como eu são orgulhosas. E o meu destino não era nem um pouco agradável... Eu consegui ver.
- Fadas das trevas podem prever o futuro? - perguntou Fer.
- A-acho que sim... - gaguejou Raveneh pasma. O que Renegada estava querendo dizer?
- Calvin... - disse Renegada contendo a fúria na sua voz - foi realmente uma estupidez ter tirado de mim a única razão para eu viver. Uma estupidez que você julgou inteligente. Presumiu que eu era sentimental, que eu não tentaria nada. Mas não sabe nada do ódio que pode existir no coração de uma mulher.
Eu não conseguia ficar em paz
Pois eu precisava de você
Mas você foi embora, me traiu
Agora já consegui levantar sozinha
Não preciso mais da sua ajuda!
- O que está dizendo? - indagou o Rei. Não conseguia entender muito, mas sentia um frio na espinha.
- Você achou que eu estava presa porque o amava. - disse Renegada com um frio sorriso - mas eu estava presa porque eu sabia que você não hesitaria em machucar Arthur, se necessário. É o pior tipo de gente para amar...
- Eu preciso voltar para o julgamento... - exclamava Arthur.
- Não! - disse Tatiih - você não precisa e não deve!
- Sim! - concordou Umrae - agora beba a água!
Ninguém escutava nada através da porta, o que era um alívio.
- Ruronna veio. - disse Renegada.
- R-Ruronna... s-sua muijiid...? - o Rei sempre temera esse momento.
- Sim. - disse Renegada - se não estou enganada... você sempre teve medo disso, não é? Por que aí eu perderia o medo e faria o que tinha vontade há muito tempo... você me subestimou, Calvin...
- Mas... - disse Calvin - só porque Ruronna veio, não quer dizer que...
- Uma semana não é nada para mim - riu Renegada friamente - acho melhor adiantar o serviço... Dói menos.
A juíza não conseguia interromper a discussão.
Ninguém conseguia.
Estavam todos paralisados, até mesmo o sol se escondera e o tempo se nublou, ameaçando chuva.
Corra, pode correr
Agora não preciso mais de você
Mas eu já quero experimentar
O sabor da vitória
Deixe-me experimentar
O sabor da vingança
- Céus... - dizia Lynda. - Mycil vai fazer o que estou pensando?
Raveneh escutara o que a Lynda dissera.
- Do que está falando? - perguntou.
- Veja... - disse Lynda.
Renegada simplesmente saltou sobre a mesa. E as correntes...
Bem, ela arrastara as correntes consigo.
- Calvin - ela disse em cima da mesa - não me interessa. É uma vergonha morrer estupidamente nas mãos de um homem tolo, as vésperas da morte! Você acha que não sei? Uma semana... um dia antes de me executar... Como se eu não conseguisse ler a sua aura!
- Espere... - murmurou Raveneh - o Rei de Heppaceneoh...
- ... estava planejando um modo de matar a Renegada... - continuou Fer.
- ... e ela descobriu tudo? - Kibii completou - ah, mas... como?
- Mycil não é uma estúpida - Lynda riu sarcasticamente - sempre foi boa em saber o que os outros pretendiam.
- Quem é você? - indagou Kibii vendo a estranha encapuzada.
- Digamos que eu conheço Mycil desde muito pequena... - disse Lynda.
- Wow... - murmurou Raveneh - então Renegada conseguiu descobrir que o Rei pretendia matar-la. E aí?
- E aí não sei...
O céu se nublara completamente, e o aposento tornou-se escuro.
Vá e fuja
Corra o quanto puder
Saiba que eu vou te alcançar
Pois a raiva se tornou as minhas asas...
- Não vou perder tempo fazendo um discurso - disse Renegada - mas só lhe direi... você me subestimou.
Ela tinha um olhar frio.
Ele tinha um olhar desesperado, gelado de medo.
Todos estavam apreensivos, sem entender o que se passava ali. O que a Renegada pretendia?, era a pergunta que passava pela mente de qualquer um ali. Lynda mordeu o lábio inferior. Idiota! Nunca conseguiu fazer isso... pensava.
Renegada olhou para Raveneh com ternura, e disse:
- Não se esqueça de distribuir meus pertences para Arthur. Por favor.
- Mas você vai sair inocente... - murmurou Raveneh.
- Sim, vou... - disse Renegada com um sorriso - mas meu destino já foi escrito e só poderei adiar.
Não! gritou Lynda mentalmente. Mycil, não!
- Vossa Majestade de Heppaceneoh... - murmurou Renegada - o que deseja escrito em sua lápide?
Todos emitiram um murmúrio.
- L-lápide? - gaguejou o Rei - e-eu...
- Sim, e diga logo! - Renegada estava outra vez fria como sempre - eu não tenho o dia inteiro!
- E-eu... - o Rei não conseguia acreditar no que ouvia. Mas tinha que admitir que esse dia chegaria, de um modo ou outro.
- Eu te odeio! - gritou Renegada.
- Kycci, querida... - riu o Rei - vai ficar aqui até a morte! Vai morrer presa a mim!
- Quando Ruronna chegar...
Agora estavam ali, dias, meses, anos depois. Renegada havia prometido.
- Quando Ruronna chegar...
- E-eu...
- Quando Ruronna chegar...
- Já que é assim... - disse Renegada - arranjem qualquer coisa para a lápide de Calvin. Pois o seu tempo acabou.
- Não... - sussurrou o Rei sentindo seu coração batendo cada vez mais devagar, como se as forças estivessem lhe abandonando lentamente.
- Quando Ruronna chegar...
- Não... - o Rei tinha que admitir que Renegada vencera a guerra que existia desde que os dois se conheceram.
Suas pernas deixaram de se mover, e ele não conseguia mais respirar.
Era como se tivesse alguém apertando a sua garganta, tentando matar-lo com um estrangulamento.
O Rei olhou para a ex-amante, e a viu como nunca vira antes.
Uma verdadeira fada das trevas.
Tinha que admitir que fora estúpido. O fato de Renegada ser o tipo de fada das trevas sentimental não queria dizer que ela não fosse capaz de matar alguém, se necessário.
Eu vou te alcançar
E sua cabeça será o meu troféu
Oh sim
Sua traição foi longe demais
Ameaçou aqueles que eu amo...
- Quando Ruronna chegar...
- Já é tarde demais... - disse Renegada - seu coração não está aguentando mais, seu pescoço está sendo comprimido, e nem suas pernas ou suas mãos conseguem se mover. É tarde demais.
- V-vadia...
- Quando Ruronna chegar...
eu lhe matarei!
O Rei fechou os olhos, jogando a cabeça pra trás.
- Ainda não está bom... - murmurou Renegada - ainda não consigo me sentir satisfeita...
O Rei deu um frio sorriso, e descansou a cabeça na mesa. Aparentemente, ainda respirava. Renegada balançava a cabeça, como se não tivesse ficado bem com aquilo. Seu olhar era gélido, o que impediu Raveneh de gritar. O que impediu qualquer um de gritar.
Renegada saltou sobre a mesa, e ficou de pé diante do Rei.
- Para uma boa morte... - disse - tem que haver sangue!
Vá! Corra!
Mas vou chegar a ti
Se esconda, não adianta
Pois eu vou te encontrar...
Ninguém lembrou do que ocorrera em seguida. Ou melhor, ninguém quis lembrar.
Alguns fecharam os olhos, outros ficaram vidrados e conseguiram esquecer pouco a pouco.
Mas o que se lembram de algo como Lynda ou a juíza disseram que Renegada conseguira ferir o Rei sem precisar das mãos. Ela fizera vários cortes pelo corpo, e o sangue pingou no chão.
Raveneh conseguiu gritar. O sangue lhe parecia demasiado familiar.
- Me ajude, Raveneh... - suplicara a irmã.
- O que tentou fazer? Se matar? Não queria morrer? Então morra sozinha...
- N-não... p-por favor, Raveneh, eu não queria morrer...
- Matar é o mesmo que desejar a morte. Descanse em paz, Catherine...
- P-por favor...
Raveneh não conseguiu olhar por muito tempo. Renegada matou o pai do seu filho... uma voz ecoava na sua cabeça Renegada matou alguém... Mas que diálogo era esse que passava em sua mente? Parecia perder a consciência pouco a pouco, e logo retomava. Catherine? Por que lembrou-se de sangue. De pés sujos de sangue.
De um sorriso frio, de um lamento perdido no passado...
Se arrependimento matasse...
- Adeus.
- Peguem-na! Cometeu um assassinato! - gritou a juíza.
As fadas não conseguiram alcançar-la. Renegada deu um salto, e chegou rapidamente a janela. Lynda sufocou o choro, e gritou desesperadamente:
- Mycil!
Renegada escutou, porém não deu atenção. Tinha que fazer-lo logo. Quando seu muijiid vem... tudo o que lhe resta é esperar ou adiar o destino...
- R-renegada - gaguejou Fer - você vai fugir?
- Pior... - Kibii murmurou pasma - ela vai se matar!
- Não...
- Pare...
- Peguem-na!
- Parem...
- Peguem-na!
- Pare, por favor, pare, Renegada... fuja, mas não se mate...
- Se pular dessa janela, morrerá, senhorita Mycil Regallian - disse a juíza suplicante - existe um encantamento que impede as pessoas de voar...
- Eu sei... - disse Renegada - eu sei disso. - chorou.
E pulou.
Eu vou te alcançar
E com a minha morte, pagarei o seu castigo...
Nem que tenha que morrer...
Vou vingar a sua traição...
Não demorou muito, se escutou o baque.
Renegada estava morta.
Um comentário:
EU TO AMAAAAAAAAAAAAAAAAANDO!!! *-*
Mas pq você matou a Renegada??
T~T
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