segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Parte 57 - O Poema de Regallian :3

- Mais uma confissão como a de ontem - disse Lala - e vocês já poderão ser julgados.
Renegada olhou para o teto, enquanto o Rei suspirou impaciente.
- Querem que a gente explique a causa e as consequências, não? - indagou Renegada.
- Exatamente isso. - concordou Lala - por favor, poderiam me revelar mais?
Renegada suspirou. Lala acabou refletindo o quão curioso era o fato de ela chegar ali com o intuito de torturar o Rei, mas bastou ser educada e manter os dois juntos que ele colaborava imensamente, respondendo a todas as perguntas. Renegada amante do Rei! Quando poderia chegar a esta conclusão?
Deu sinal verde para que Renegada e o Rei continuassem a história.

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- Siih... - disse Lefi - como está?
- Ammmm... - fez Siih - não consigo... ahn... eu... - ofegou, e tentou levantar a mão.
- Tome - disse Lefi - Vê fez um chá maravilhoso. Por que não o toma?
- Vê é... um amor... de pessoa - suspirou Siih - qual sabor?
- O seu predileto - respondeu Lefi estendendo a xícara - com cubos de chocolate :)
- Wow... - Siih sorriu - Lefi... se eu tenho poderes tão imensos assim, por que não os uso para me recuperar?
- Porque o seu poder é de manipular mentes e corpos - Lefi disse - e a sua doença está justamente nisso. O seu corpo não está preparado para tanto poder assim.
- E por isso estou de cama? Céus, quer dizer que eu posso morrer?
- Exato. - Lefi estava com um tom bastante sombrio - mas você sempre pode abrir mão deles...
- Nunca! - protestou Siih - se eu posso manipular mentes, vai ser a nossa vitória! Basta um piscar de olhos, Lefi, e os nortistas sumirão dos nossos portões!
- O que está dizendo? - surpreendeu-se Lefi.
- Agora está tão claro! Nem me sinto mais doente - Siih olhou para a xícara quase vazia - bendita seja Vê e o seu chá... Veja, eu poderei usar meus poderes para o bem... E meu corpo irá aguentar, eu sei. E se realmente não aguentar... Eu cedo meus poderes!
- Wow. Tenho que admitir que dessa vez você pensou bem, irmã - disse Lefi - bem, o julgamento de Renegada e Rei foi marcado.
- Já? Mas eu nem recebi os relatórios - Siih comentou - se bem que estava doente. Isso quer dizer que Lala conseguiu obter informações! Que bom!
- Sim, Lala diz que em uma semana, terá todas as informações possíveis - disse Lefi - mas ela ainda não contou sobre nada. Somente soltou algumas falas suspeitas, e digo que o Rei e a Renegada falaram muitas preciosidades.
- O julgamento decidirá se o Rei deve voltar a sua terra natal ou ser condenado por desrespeitar o Tratado... - disse Siih mais para si do que para Lefi - e Renegada deverá ser julgada por manter relações com o Rei em segredo, sendo que ele era condenado 'persona non grata' tanto aqui quanto nas Campinas... espero que Renegada saia inocente, já o Rei... espero que a pena seja de morte. Não creio que ele deva ser condenado a danação eterna. Mas... pode parecer que sim, mas na verdade a minha palavra não vale mais que a lei. - Siih respirou fundo - poderia pedir a Vê preparar mais um chá desses? Ele realmente me fez bem! Não duvido que logo possa andar sem sentir dor.
- Que bom, Siih - disse Lefi - é realmente uma boa notícia.
- Bem, vou dormir um pouco - disse Siih - e... não deram mais notícias a respeito do exame de sangue que fizeram. Em Renegada.
- Bem - Lefi observou - o resultado foi que Renegada ocultou as propriedades do seu sangue, e tudo que se pode descobrir foi que ela descende da realeza.
- Mas especificou se era descende diretamente ou não? - indagou Siih.
- Indiretamente. Ao que parece, a família real dela governava alguma região há muitos e muitos anos - disse Lefi - ela não é mais considerada princesa.
- Ela veio do norte... - murmurou Siih - e possui o título 'Renegada'. Porém nasceu no Mundo das Fadas e é uma f ada, mais especificamente, fada das trevas. De que família ela descende?
- Mas isso tem alguma importância no julgamento dela? - Lefi perguntou.
- Talvez sim, talvez não - disse Siih - espere... não houve uma família de f adas que nasciam todas neste reino, mas governavam o Reino Kuppytta? (N/A: pronuncia-se 'cupita') Eu lembro da lenda... era cantada por mamãe, lembra, irmão?
Siih ajoelhou-se na cama, soltando somente um múrmurio de dor e começou a entoar um cântico.

Há muitos anos, quase ninguém se lembra
Houve uma família tão bonita
Era o pai e a mãe e quatro filhas
E uma estrada sempre dourada

A mulher sempre ia parir aqui
E logo depois agradecia e ia partir
Ia embora por uma estrada
Sempre dourada

Eles governavam o reino de Kuppytta
E eram tidas como seres das trevas
Mas... não eram cruéis, nem sem-coração
Somente nasciam como seres ocultos

Seu sangue era oculto para nós
E seus encantos eram desconhecidos
Para nós
Um dia desses, encontrei uma princesa

Que era dessa família
Contou-me uma triste história
E eu venho a relatar-la
O reino sucumbiu

A família inteira foi morta
Por outra família rival
Os sobreviventes foram embora
E nunca mais haver reino igual

Hoje ainda existem
Os filhos dos filhos dos filhos
E eles hojem foram renegados
E carregam esse triste título

Vivem entre as sombras
Escondendo-se na escuridão
Eles não são sem-coração
Mas sabem fazer dos seus poderes
Um perigo...


- Uau - disse Lefi.
- Acho que sabemos agora a ascendência de Renegada - disse Siih com um sorriso - comunique isso a Lala, por favor.

Um comentário:

Vitória Garcia disse...

Oi Lunênhaaaa!8D~
Cara sorry mas tow sem paciência pra ler sua histórinha...xD
Mas pelo pouco que li achei legal!8D~(que emoticon chato!eu ñ sei pq agora tô com a mania de usar esse emoticon 8D~)
Tá bjuxxx.
Bye 8D~