quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parte 71 - Duas contra Uma [ou: Refresco antes do Suicídio]

Catherine se refugiara no rio, onde estaria bem. Não importasse o que acontecesse, estaria bem no rio.
Quando Elyon gritara para ela ficar na forma original, ela sequer pensou em se transformar em um monstro na terra. Mesmo que pudesse ser competente, considerava-se fraca pois toda a sua estrutura só era útil no mar.

Um rio serviria.
Ela poderia manipular a água da forma como quisesse, seja multiplicando a água corrente ou absorvendo tudo, fazendo um país inteiro ficar na seca. Podia fazer o que quisesse.
- Ora - Katie arrastou o corpo para a frente, arrasando mais casas e alcançando a floresta rapidamente - ora, só consegue lutar no rio?
Elyon preferiu correr até entre as árvores, onde se concentraria em fugir. Sabia que quando dois demônios se enfrentavam, muita coisa deixava de existir. Sabia que teve gente que morreu, na última batalha de Ophelia, só de enfrentarem desabamentos e terremotos provocados pela luta entre monstros.
- Bem, farei esse favor - Katie sorriu - pelo menos não fugiu como aquela morena.
Elyon rangeu os dentes de raiva. De todas as Musas, ela é a que mais demorava para se converter à forma original.
- Não se preocupe com ela - Catherine disse, sua voz adocicada se espalhando entre as árvores - eu que sou a sua adversária.
- Que bom.
Várias lanças foram lançadas, rompendo o solo com voracidade, alcançando quem estivesse no caminho como uma inocente gaivota que voava a muitos metros da batalha que desconhecia.
Mas nenhuma delas adiantou para arranhar Catherine.
- Que tolice. Só porque não consegue me enxergar daí, acha que eu sou ridicularmente pequena - Catherine sussurrou, o que fez Elyon lembrar que sempre tinha a impressão de que Catherine ficava muito mais calma e perigosa em sua forma original.
Katie não prosseguiu.
Mas Catherine sim.

Com apenas um toque, Katie sentiu água e mais água a atingi-la de forma brutal, como um maremoto.
- Quê.. ?
Catherine derrubou várias árvores ao redor, o que permitiu que Katie a visualizasse. Estava com água por todo o chão, e agora já se acalmara. Mas Catherine continuou sorridente. Ela boiava no rio, seus olhos assustadoramente calmos e sonhadores, e seus braços que viraram enormes nadadeiras, entre seus dedos, membrana fina. Seu pescoço tinha guelras, assim como os peixes, e da cintura para baixo, uma enorme cauda de peixe, grande e pesada, com nadadeiras na ponta. Podia lembrar uma sereia, exceto pelos braços.

Ao contrário dos mitos sobre sereias, Catherine não era irrealmente bela. Na verdade, ela era surrealmente bela, e de um outro ponto de vista. Parecia um monstro, mas tinha que se admitir que sua boca desenhada a caneta combinava com seus olhos sonhadores, e que o rosto humano pouco combinava com a pele, tão esverdeada, e havia escamas, tão sutis, imperceptíveis. As escamas davam à Catherine um brilho anormal, e muitas vezes faziam a pessoa se perguntar o que dava tanto brilho. Os braços eram normais para um demônio, mas a simples visão de seres nadadeiras atormentou Katie.
- Por isso que ela luta melhor em um rio - concluiu Katie, se fazendo de indiferente.
Repetiu o procedimento das lanças, mas nenhuma atingiu Catherine. Ela pegou todas no ar.

Katie bateu a cauda de serpente no chão, fazendo um grande estrondo.
Todas as árvores foram abaixos, restando algumas poucas, resistentes e antigas. Elyon deu um salto no ar, para não sofrer com o súbito terremoto. Porém não precisava de tanto: sua roupa já se rasgava com as pernas negras que apareciam a partir dos quadris.
Assim como Catherine era um tipo super-adaptado de alguma espécie de peixe humano, Elyon lembrava uma aranha com dezesseis pernas enormes e grotescas, pernas duras, porém maleáveis devido ao fato de cada perna ter nove partes, o que fazia com que cada parte pudesse se mover de forma simultânea e única, e cada ponta de cada perna era como uma pinça, afiada e dura, e fina.
- Que interessante - Katie murmurou, percebendo que do ventre para cima, Elyon era inteiramente humana, já que os braços não se modificavam. Parecia uma menininha acima de um monte de pernas. A única coisa que mudava era os olhos de Elyon que ficavam inteiramente vermelhos, de pupilas inteiramente negras e redondas. Logo notava uma mudança nas íris: elas se avermelhavam cada vez mais, e a pupila se dividia completamente em quatro partes redondas, como se fossem mini-pupilas.
Moveu a cauda de serpente, logo sendo fatiada por três das dezesseis pernas de Elyon. Mas se regenerou tão rápido como foi ferida, porém recuou. Catherine sorriu, batendo várias vezes a cauda no rio.

A água transbordava.
- A única diferença entre eu e você - murmurou Catherine que fez surgir mais e mais água - é que você come gente e eu não. A carne humana é incomestível para mim. E só por esse detalhe, você é superior.
Katie recuou, lançando lanças e jogando a terra em cima de Catherine, que a repeliu, dissolvendo todo o solo em água.
- Mas - Catherine olhou para o céu - nós somos muito mais humanas. Isso é uma grande desvantagem.
Elyon levantou oito pernas, todas afiadas como pinças, e todas elas se miraram em diferentes partes do corpo de Elyon: duas atingiriam a cabeça, outras duas perfurariam os ombros, e as quatro pernas restantes fariam buracos pela superfície do tronco.
Apenas um segundo foi suficiente para Elyon agir, manipulando as oito pernas para baixo, com toda a velocidade.
- ??
- !
Foram suspensas pela cauda, que foi perfurada em oito lugares ao mesmo tempo. Mas mesmo assim, a cauda fora erguida acima do corpo de Katie, protegendo-a das armas de Elyon. Katie não tinha dificuldade nenhuma em se sustentar pelos braços, com a cauda pesada erguida sobre ela, e as poucas e ínfimas gotas de sangue escorrerem pela escama de cobra.
- Você acha que eu sou uma idiota sem reflexos? - Katie sorriu - uma moça tão boa em ler a minha energia não deveria agir assim.

Elas agiram em conjunto.
Catherine saiu do rio, movendo-se com a sua cauda, fortalecida.
Elyon atacou com suas pernas novamente.
Foram as duas contra Katie, fatiando a cauda de serpente em pedaços, querendo esmagar pedaço por pedaço, até alcançar a cabeça de Katie. Ela tentava se preocupar em se regenerar, e em se defender dos golpes. Corria pela floresta, procurando um pouco de tempo para sua cauda se inteirar novamente, mas Catherine era mais rápida, pois seguia o caminho do rio, e Elyon era forte demais com suas pernas e ameaçava cada vez mais. Aos poucos, Katie foi se deixando vencer.

Foram vinte minutos de golpes seguidos.
Três monstros.

Em vinte minutos, a floresta toda veio abaixo, Cherllaux se apagou do mapa e um demônio foi arrebentado.
- hah - Catherine ofegou - hah.
Elyon retomou a forma humana, tentando um pouco de respiração normal. Embora ela gostasse de ficar na forma 'original', ainda assim era cansativo, pois se usava tanto poder! Reparou que não tinha mais roupa nenhuma, dos quadris para baixo. Suas calças se rasgaram com a transformação, e as botas simplesmente deixaram de existir. Somente restavam a blusa e a calcinha, que pelo menos asseguravam a sua decência. Reparou que Catherine estava completamente nua, pois durante a transformação, todas as roupas foram rasgadas tamanho o poder utilizado e pela modificação absurda dos braços e das pernas. Somente o busto não era modificado, mas como Catherine dobrou de tamanho em todas as partes, então a blusa que usava fora rasgada.
- hah - Catherine ficou no rio, seus cabelos despenteados - hah.
- Foi uma boa luta, acho - Elyon se espreguiçou no rio, olhando para o céu - heh, acabamos com isso aqui.
De fato. Todas as árvores em volta simplesmente desabaram e muitas se espatifaram no caminho. O solo estava todo revirado, e tinha água por tudo que era canto, o que fazia tudo ficar uma verdadeira lama. Cherllaux, por exemplo, teve suas últimas casas acabadas, reduzidas a escombros.
- Quanta tolice - Catherine murmurou - sabe que Ophelia não será vencida com isso, meramente.
Elyon esticou a blusa, suspirando:
- Eu sei. Eu sei. Mas... mesmo assim, quero tentar. Pelo menos, tentar.
- Entendo.
Catherine se deixou banhar pela água, agora tranquila.

Só tentar.
Tentar acabar com Ophelia.
Sabia que seria impossível, sabia que morreria assim que chegasse ao palácio, sabia que morreria no primeiro confronto.
Mas ela não fazia questão nenhuma de evitar. Para ela, quanto mais rápido a morte chegasse, melhor. Só queria um pouco de paz, só queria relaxar. Não sabia como era o mundo de quem partira, mas não fazia mais questão de fugir dele. Somente existir, isso era tão cansativo.
Fechou os olhos, pensativa.
O céu estava brilhante como todo bom céu de verão. Um azul tão bonito, tão límpido.
Como seria o depois?

Como seria quando se cruza a linha tão tênue, tão delicada entre a vida e a morte? Por anos e anos, Catherine personificou o sonho da humanidade: a imortalidade, ou pelo menos, uma cópia bem real. Enquanto todos os seres morriam, mesmo que vivam por muitos e muitos anos, Catherine rompia séculos, assim como suas companheiras. Era o que havia de menos humano nelas, era o único fator que realmente fazia a diferença entre ela e os outros seres como fadas, elfos e humanos. Enquanto fadas, elfos e humanos aprendem que são iguais por morrerem, de um jeito ou outro, Catherine se mantinha alheia à essas idéias. Preocupava-se em cuidar dos mares como uma deusa, e tal como deusa, foi reverenciada por algumas tribos de pessoas que viviam em ilhas e praias. Essas pessoas não entendiam a diferença entre um deus e uma musa. Para eles, um deus era meramente uma pessoa com poderes mágicos, a imortalidade entre elas. De certo modo, fazia sentido.

E agora, por vontade própria, caminhava ao suicídio. Para se entregar à maior aventura que alguém pode viver na terra, de acordo com alguém que não lembrava o nome.

----------------------------------

Venceram a luta.
Ophelia sorriu. Sentia em seus fios de cabelo, em seu nariz, em seus ouvidos... podia sentir a energia de Elyon pulsando a muitos quilômetros dali. E conseguira identificar a outra energia: Catherine. Claro, quando as duas lutam em uma forma tão animal, como poderiam ter suas auras desapercebidas?
Que interessante.
Ficou sinceramente feliz ao perceber que o terceiro demônio fora vencido e estraçalhado. Ela gostava quando lidava com gente competente, com pessoas que soubessem lutar, aquelas que nunca deveriam ser subjugadas. Para ela, essas pessoas são as mais especiais, mesmo quando eram seus inimigos, oponentes que deveriam ser mortos. Os vermes, rastejantes, aqueles que mal sabiam segurar uma espada... pobres coitados, não passavam de pobres coitados.

Mas acima da habilidade com a luta, o que contava era a inteligência.
Ophelia gostava de gente inteligente. E imprudente. Não inteligente no sentido de escapar de Ophelia, pois essa obviamente é a atitude mais inteligente que alguém pode tomar. Mas inteligente para imaginar estratégias e imprudente para tentar, de qualquer forma.
O céu está bonito.
Ela olhou as próprias mãos, dedos longos e finos, mãos tão femininas. Quem imaginaria que esses dedos poderiam se esticar, serem tão maleáveis, e terem garras tão fenomenais que aterrorizaram várias pessoas que presenciaram uma Ophelia brigando para valer? Lembrou-se de alguma luta no passado...

Miih tinha o cabelo mais comprido quando encarou a pirralha de dez anos.
- O que você quer? - riu - um corpo animal? Ou... como a gente chama, "forma original".
Não foi na época que Ophelia se virou contra as Musas, inspirada pela mãe. Era na época que Ophelia ainda queria um pouco de ensinamentos, e se refugiava nas ironias de Miih.
- Mas ele não nasce com você - Miih disse - você passa anos para moldar seu próprio corpo animal e mais anos para desenvolver um deles e poder utilizá-lo sem gastar muito poder. Não é algo que você deva fazer, criancinha.


Sim... de todas, Ophelia não sabia muito bem se converter ao corpo animal. Fizera isso muitas raras vezes, e não criara de uma forma adequada. Na luta com Jirä, por exemplo, só se transformara, pois queria intimidar. Mas qualquer um sabia que Ophelia se superava na forma humana e embora menosprezada pela pequenez, nunca gastava poder para se transformar. Era ágil, tão veloz e podia se regenerar sem precisar ofegar.
Era a melhor lutadora. E de todas, era a pior em modificações corporais.

----------------------------------

Bia ergueu os olhos para o teto.
- Aconteceu algo - disse, hesitante.
- O quê, por exemplo? - Raveneh perguntou, ao que Bia respondeu com exatidão:
- Acho que, pelo menos, uma Musa está perto do palácio e ela acabou de lutar.
- Oh - Raveneh sorriu - você é boa, Bia. Ninguém conseguiu sentir nada.
- Não, isso foi muito longe. - Bia explicou, bebendo seu suco de laranja devagar.

Raveneh serviu suco de laranja e suco de morango para outras pessoas, e logo começou a preparar o lanche para Kibii, seguindo as instruções de Nath. Pão, geléia e leite. Isso deverá ser o necessário. Também arrumou algumas frutas, e logo levou a bandeja para a enfermaria. Nath estava verificando o braço de Fer, então quem levou a bandeja até o leito de Kibii foi a Raveneh.
- Kibii - chamou Raveneh com delicadeza, quase como se estivesse soprando as palavras.
Kibii acordou, meio tonta.
Apresentava ataduras em tudo que era parte do corpo, tomando remédios a todo minuto, recebendo mil chás curativos e sendo atenciosamente examinada por Nath a cada dez minutos.
- Seu lanche de tarde, Kibii - murmurou Raveneh, dando um leve sorriso - você consegue comer sozinha?
A guerreira também deu um sorriso, como se achasse engraçado o fato de Raveneh se preocupar com ela.
- Sim - respondeu - o que você fez?
- Pão e tem geléia - Raveneh mostrou os alimentos na bandeja - coloquei leite, e peguei morangos, maçã, banana. Você aguenta comer tudo?
- Não sei - Kibii começou por um dos morangos - mas... obrigada. Soube que racionaremos alimentos durante esse ano, então... você fez um verdadeiro banquete.
- Tudo para os doentes - Raveneh sorriu - mas não se preocupe, daremos conta. Teremos bastante batatas, e bastante trigo também. Não se preocupe, a gente dá conta. A gente recompensa com galinhas e porcos quando plantas não derem.
Kibii não respondeu.

Olhou no dedo anelar, e reparou que o anel continuava lá. Perdera muitas coisas enquanto estivera prisioneira, mas o anel não se perdera. Ao passo de que a espada fora tomada por Ophelia, e a roupa que usava fora transformada em farrapos ao ser encharcada, perfurada e queimada, o anel ficava ali. Não foi tomado por Ophelia, não se perdeu em meio à tortura. Enquanto ela perdia a sanidade, a prata continuava ali, resoluta, firme em sua existência.
Um pólo de segurança em meio a um tumulto de sofrimento.

Lembrou dos sonhos que tinha, que sempre envolviam pessoas confusas. Alguma coisa sobre o passado.
Não conseguia se lembrar claramente de sua família, embora podia se lembrar que tinha uma mãe. Ela tinha uma mãe e vivia em um bom lugar, pois conseguia se lembrar das mesas cheias de comida deliciosa e requintada, e podia se lembrar dos delicados móveis da casa onde visitava seus sonhos. Mas ainda assim tudo era delicado. Eram como memórias de uma criança.
Só conseguia lembrar da sua vida depois dos seus dez anos de idade, e já estava sozinha na vida. Não tinha pais, só a espada, o anel e algumas relíquias da família.
Agora que voltara ao seu lar, não visitara mais essa casa tão estranha, tão familiar.

Agora que acordara, percebia que tinha a impressão que dormiu e ficou no vazio.
Raveneh sorriu, se levantou e saiu da enfermaria, a deixando sozinha com Nath e Fer.
Nath também sorriu, disse à Fer que em um mês, ela teria o braço inteiramente normal.
- Esse braço foi perfurado e quebrado. Se estivesse só quebrado, a cicatrização demoraria duas semanas - começou Nath em seu habitual tom de "olha a besteira que você fez" - mas como foi perfurado também, o seu corpo precisa se preocupar em cicatrizar duas vezes mais, de forma simultânea. Então demorará um mês, e se tiver muita disciplina e sorte, o tempo poderá diminuir. Você é destra ou canhota?
- Destra - Fer respondeu ao que Nath disse:
- Então está bem. Não sacrifique esse braço, mas pode lutar e carregar peso com o outro braço.
- Obrigada - Fer agradeceu, e saiu da enfermaria.
Kibii fechou os olhos, percebendo o sabor do pão com geléia de forma suave, um sabor de algo que inundava seus maxilares, que descia pela garganta e chegava até o estômago: um sabor de tímida felicidade. Bem pequena, bem suave, bem discreta. Mas estava ali, discretamente. Pois não era a comida somente. Era simplesmente ter amigos.

Desculpe pela demora, é que fui escravizada para ajudar no trabalho da minha mãe (sabe como é, ter uma mãe que faz artesanato e tem muy encomendas... sempre sobra pra alguém). Esses minutos foram os poucos que eu consegui, com algum sacrifício T.T Bem, eu tenho alguns desenhos no pc, mas como fiquei com medo de ficar sem tempo de repente, só upei um que está aqui. E HEY, relaxem, não é oficial nem nada. E depois acho que está meio esculhambado, porque nem pensei direito =X Tiops, a Rafinha está com uma cara muito morna e eu tenho um desenho melhor dela aqui em casa, mas sumiu no período Kids (uns vinte dias que aguentei duas crianças em casa), a Nath e a Tatiih nem estão lá uma obra de arte porque não li a descrição das personagens na história, achei a Renegada infantil demais (e com tranças, quem é que NÃO fica infantil?!), e os olhos da Umrae saíram tortos, e os olhos dela são uma coisa complicada, porque os imagino meio felinos, sabe como é o/ Tenho certeza que esqueci alguém, mas deixa. Enfim, desenharei melhor. E não, não tomei nada de base, só a lembrança de qual seria a aparência: não consultei nada simplesmente porque o pc era ocupado enquanto eu desenhava T__T

Um comentário:

Luna disse...

Se demorar demais, culpa da net. Ela só dá problema aqui em casa. Thanks.