sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Parte 66 - Preparando o cenário de forma cuidadosa.

Umrae subiu a escadaria, armada de sua besta com dardos e uma cimitarra. Não se despediu de ninguém nem avisou para onde ia, embora todos ainda sentissem o luto. Eram quase sete horas da noite, e o céu já estrelava completamente, bonito e limpo: um céu de verão. Da escadaria para a Praça dos Sete Anjos.

Reparou que estava destruída pela primeira aparição de Ophelia. A fonte charmosa com os anjos se destruíra completamente, os bancos estavam revirados e o número de mendigos por ali aumentara absurdamente. Podia ver uma criança pequena e suja a olhando tão avidamente, admirando sua bonita roupa e reluzentes armas. Reparou que foi invejada pelos mendigos novatos por ali, e decidiu avançar em frente, ignorando todos ali. Se alguém ousasse assaltá-la, mataria sem dor nem piedade.

O palácio era perto e a única coisa que não estava decadente naquela cidade. Pois tudo: jardins, praças, prédios, ruas estavam decaindo, com rachaduras e pouca limpeza, pessoas deprimentes por toda a volta, pichações contra Ophelia e alguns demônios, dos menores aqui e ali, se fazendo de soldados, procurando alguma carne boa o bastante.

Ela se espreitou, fugindo dos jakens que faziam a ronda em volta do palácio, e não foi difícil entrar pelos fundos, por onde havia um pequeno corredor que levava à cozinha. Furtivamente, entrou no palácio sem ser vista por nenhum empregado, nem mesmo pelos Glombs, estes tão pequenos e astutos. Precisava achar Lefi, que era seu informante.

Escondeu-se na despensa, tentando raciocinar onde estaria Lefi. Será que Ophelia decidira se vingar dele, por alguma razão medíocre? Alicia dobrou o corredor, e fez Umrae se disfarçar ao lado de uma estatueta, encoberta pela escuridão. Alicia não reparou na presença dela, sua expressão tão preocupada e aflita.
Logo em seguida, passou Lefi. Ele parecia suar de medo, embora seus traços fortes disfarçassem o pânico.
- Lefi! - cochichou Umrae.
Ele quase deu um salto de tanto susto:
- Umrae!
- Tive sorte de encontrá-lo - murmurou Umrae - veja, tem algum lugar mais discreto que isso?
- Tem - Lefi olhou para o outro corredor por onde Alicia entrara, constatou que estava vazio e chamou Umrae. Ambos andaram nas pontas dos pés, alcançando o final do corredor com alguma dificuldade (bem, Umrae caminhou normalmente sem falhar no silêncio), Lefi abriu uma porta.
- Por aqui - disse.
A porta dava para uma saleta pequena e empoeirada, embora um lugar desses no meio de um palácio todo cristalino e encantado fosse surrealmente irreal.
- Sente-se - ofereceu Lefi, apontando para um sofá sujo de poeira, ao que Umrae contorceu a expressão e agradeceu:
- Obrigada, melhor não.
Lefi também não se sentou, e fez logo uma observação:
- Eu soube dos ataques de demônios. Dava para ver por todas as janelas voltadas para as Campinas. A menina morreu mesmo ou foi só alarme falso?
- Morreu - Umrae sussurrou - Yohana, era o nome dela.
- A cantora...?
- Exatamente - Umrae encarou Lefi com aquele ouro nos olhos dela. Ouro tão derretido, tão maleáveis! Mas ainda assim duros, astutos, espertos e cruéis - que desgraça. Não sei muito sobre as plantações, quando fui embora, Raven e Ly ainda estavam avaliando o prejuízo.
- Bom - Lefi colocou as mãos na pequena mesa atrás do sofá - Bel mandou alguma resposta para você? O pássaro voltou, mas sem resposta.
- Mas então a carta ficou com ela?
- Acho que sim.
- Isso é bom, suponho - Umrae cruzou os dados, dando uma boa olhada em Lefi - Kibii? Como ela está?
- Siih está cuidando dela. Alicia também, e claro, escondidas de Ophelia. Ela está se recuperando... - Lefi mordeu o lábio inferior - mas Siih me falou que ela ouviu Ophelia comentar que Kibii estava sendo difícil demais, resistindo demais e que queria transferi-la para outro lugar amanhã.
- Isso vai ser complicado...
Os dois se entreolharam, com aquela exatidão tão bem medida e exata. O dourado dos olhos de Umrae parecia ainda mais dourado sob a fraca iluminação, e a sobriedade da situação fazia com que ela aparentasse frieza.
Mas, Lefi pensou, ela é fria. Cruel, e torturou a todos nós no nosso treinamento, não era?
- Olha - Umrae começou - quero que você dificulte a visão de Campinas. Eu quero pelo menos todo o mar e a praia completamente nublados... como não temos área muito boa para os vermelhos, então suponho que Bel preferirá trazer os azuis e os negros que são mais fáceis de se esconder. Então quero que a praia seja difícil de se visualizar daqui do castelo.
- Como vou fazer isso? - perguntou Lefi exasperado com o pedido - isso é impossível!
- Ora, pergunta para a sua irmã - Umrae sugeriu em tom de desdém - ela não era excelente em manipular tudo o que ela visse pela frente, desde gente a paisagem?
Lefi a fuzilou com o olhar, mas Umrae não se sentiu nem um pouco ameaçada. Então o rapaz resolveu juntar as duas mãos, esfregar uma na outra para aquecê-las e dizer:
- Bem, uma menina se matou por aqui - seu tom de voz era bem baixo e quase confidencial - com veneno. Ela era a Gika, telepata recrutada por Ophelia. Nem tinha começado o trabalho, mas não aguentou a barra e se matou antes que trabalhasse para valer, acho.
- Qual o fim que deram para o corpo? - Umrae perguntou, tentando captar a parte realmente interessante dali.
- Lala mandou que dessem de comer para um demônio convidado a almoçar aqui - a expressão de Umrae não mudou por um segundo. Provavelmente ela esperava por aquilo - Siih está arrasada por ter que assar Gika e todas aquelas coisas... Alicia também a ajudou.
- Uau - Umrae rearrumou a postura e perguntou: - hey, me diga... o que a Lala é, afinal de contas?
- Não sei - Lefi respondeu, quase desanimado - ela veio com Ophelia, a ajuda e tudo o mais. O braço-direito dela.
Todos tem alguma fraqueza, não é, Umrae?
Foi a pergunta de Amai, não foi? O que ela queria dizer...? De fato, todos tinham alguma coisa, algum ponto fraco para se poder atingir. Assim como os três demônios de pedra tinham a burrice e a cabeça mole, Ophelia tinha que ter algo...
Mas ela parecia invencível. Superava todas as técnicas de luta, se regenerava de forma absurda e ainda fazia tudo isso com um semblante. Lala parecia igual, só em uma potência menor. Mas Umrae sabia que Lala não era a super-master-hiper-lutadora profissional, campeã e tudo o mais. Ela sabia lutar e bem. Mas parava aí, nesses termos. Era pau a pau com Bia? Era, mas mesmo assim. Bia poderia derrotá-la. Umrae também poderia. Mas o que fazia da Lala ser tão diferente?

Se lembrou do dia em que penetraram no palácio e Kibii foi feita de refém.
A Lala era sempre aquela de cabelos laranja, as roupas todas pretas e os olhos da cor do mel, quase em um tom dourado. A sua postura com a espada era correta, sempre ereta e seu sorriso quase imperceptível era irônico e desanimador para qualquer oponente... naquele podia ver o rasgo da calça, e sabia que era um ferimento que Bia lhe fizera. Vira a calça, mas pelo buraco aberto através da espada de Bia, não dava para ver sequer uma cicatriz.
Talvez por isso que Bia tenha perdido a luta.
Desequilíbrio ao verificar que a oponente não brincava de lutar, só de ser uma versão pirata de Ophelia.
Espanto, choque, incredulidade, medo.
Tudo porque Lala se recuperou em menos de minutos.

Voltou ao Lefi que aguardava qualquer frase sua, uma resposta.
- Bem, terminei por hoje. Ah sim... - lembrou de Kibii, aprisionada e torturada - você disse que ela será transferida?
- Sim - respondeu Lefi - o que tem?
- Virei amanhã ao raiar do sol - Umrae decidiu - vou trazer mais três pessoas comigo. Ou duas. Quero que a gente possa entrar no palácio e resgatar Kibii sem Ophelia perceber. Afinal, se Siih está alimentando Kibii diariamente, porque até agora não a libertou?
- Medo de que Ophelia jogue a culpa nela. Ela está conseguindo ficar vinte e quatro horas sem ser torturada pessoalmente e não quer perder isso - comentou Lefi, em um tom quase rancoroso.
- Hmpf. Enfim, quero que você nos ajude a isso, entendeu? Vamos entrar no palácio e a sua querida irmãzinha medrosa vai abrir a porta do lugar em que ela está presa, e vamos fazer uma grande encenação para fazer com que nenhum de vocês seja considerado culpado. Que tal?
- Por que só agora decidiu isso? Não podia ter feito isso antes? - Lefi perguntou, intrigado - tipo... no dia?
- Porque assim Ophelia baixou a guarda. Há dois ou três dias, era impossível sem topar com uns jakens. Agora são poucos e burros, e isso significa que Ophelia está baixando a guarda. A mesma coisa se aplica a Kibii. E se no dia a gente podia se virar sem a Kibii, agora não dá mais. Nós precisamos dela, e nós a queremos de qualquer jeito. Ninguém vai aguentar esperar a Bel chegar com os dragões - Umrae parecia quase inflamada, mas logo se recompôs - enfim, nos ajude.
- Sim, capitã.
- Excelente.

Umrae abriu a porta e deslizou pelos corredores com rapidez e leveza, se ocultando nas sombras. Saiu do palácio tão imediatamente, como chegou, seus olhos dourados e astutos se mirando somente nos obstáculos que encontrava, nos muros e nos vigiantes jakens, e nas pessoas tristes por toda a volta, lamentando-se pela sorte, aguardando alguma perspectiva de vida com a Ophelia.
Assim é a humanidade, quando se tem Ophelia como líder...
Chegou à praça destruída dos Sete Anjos.
Melhor nunca deixar ela tocar as Campinas.

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Dez horas da noite.
- VADIA!
Kibii foi lançada de volta à parede, recebendo um soco no estômago.
- QUEM TE ENTREGOU ISSO?
As dez garras de Ophelia lhe rasgaram as batatas das pernas, fazendo jorrar sangue.
- IDIOTA!
Kibii caiu no chão, novamente ensanguentada, seus cabelos desarrumados e seus olhos irados.
Ofegava.

- Vamos, pare com isso, Ophelia - aconselhou Lala que parecia sentir nojo da cena.
Ophelia a olhou, quase como se Lala tivesse feito uma ofensa muito pessoal.
- Ora, alguém entrou aqui e deu uma garrafa de mimatta para essa refugiada! - gritou Ophelia - como vou parar com isso? E ela já bebeu tudo, verifique o conteúdo da garrafa!
- Por isso que ela mal sente a dor - Lala disse, e advertiu em seguir - se continuar assim, matará a Kibii. E aí o pessoal de Campinas vai cair matando pau em cima de você pra valer. Eles são espertos, Ophelia, estão só adormecidos, esperando a oportunidade.
- Não parecem ser tão espertos assim - Ophelia resmungou, observando a Kibii deitada no chão, sem se mover, somente a expressão se contorcendo de dor.
- Não queira arriscar - foi tudo o que a Lala disse.
Ophelia preferiu deixar o que queria realmente para o dia seguinte. Estaria mais recomposta, menos irada e mais criativa para fazer várias coisas.

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Era quase meia noite e ninguém fora dormir.
Todos estavam acordados, tentando jogar algum jogo na sala ou ficando na mesa de jantar, tentando se distrair com alguma coisa. Mas o corpo de Yohana, na enfermaria, lembrava que não tinha como se distrair.
Umrae jogou um ás no meio do jogo, e se levantou. Não queria mais jogar.
Não queria mais todo aquele fingimento, como se estivesse tudo bem.

- Precisamos enterrar Yohana - murmurou Nath - eu irei.
- Só? Vai ser pesado demais - lembrou Amai - eu vou te ajudar.
As duas se olharam com aquela mútua expressão de consolamento.
Aos poucos, Thá, Rafitcha e Kitsune iriam também. Umrae arranjou uma pá para cada uma, e tanto ela quanto Fer, Doceh e Ly ajudaram a levar Yohana do abrigo para lá em cima, onde havia terra de verdade.
- Ainda aceitam ajuda? - era a Bia, em pé, vestida do jeito que normalmente se vestia: toda de preto.
Nath sorriu.
- Claro.

Foram seis garotas e mulheres para enterrar a ex-cantora pop das fadas.
Cavaram sete palmos de profundidade, dedicando-se a isso como se fizesse um altar para algum deus. Esconderam as lágrimas, enterrando os rancores pelos demônios. A raiva parecia querer desabrochar a todo momento, mas como iam poder ter raiva em um momento em que mal se enxergava a terra que se cavava?

Encontravam-se em um ponto isolado, próximo à floresta, mas não tinham medo. Os prejuízos foram bem avaliados, e souberam que teriam que sobreviver a partir de batatas a partir dali: somente a plantação de batatas não tem um só pingo de prejuízo. Todas as outras apresentavam algum grau de destruição, e algumas só poderiam se recuperar no próximo ano como a plantação tão bem feita de ervas para tempero, como salsa e coentro. Raveneh havia ficado arrasado porque todos aqueles pratos que ela queria preparar foram por água abaixo: o único tempero possível era o sal e alguns restos de manjericão que sobreviveram aos ataques.

Depois de toda a terra cavada, Bia carregou Yohana com a ajuda de Kitsune e Nath.
A desceram com cordas, procurando não quebrar nenhum osso. Era uma idéia idiota, considerando que Yohana não sentia dor, já que era um cádaver. Mas essa era outra preocupação, assim como a questão de se enterrar. Como se sabe, não se tem um cemitério nas Campinas, pois todo morto é queimado e vira cinzas. E enterrar um frasco com cinzas é algo meio ridículo, de modo que ninguém faz isso.
Mas tinham que enterrar Yohana. Não queriam queimá-la, não queriam que ela virasse cinzas e assim como as cinzas, se apagasse com o mero vento. Era uma idéia idiota, pois todos sabiam que ninguém iria esquecer da Yohana como se esquece do pão deixado sobre a mesa.
Mesmo assim.
Elas queriam enterrá-las com as próprias mãos, elas queriam sentir nas mãos o sofrimento de enterrarem uma amiga.
A sensação de cavar para uma amiga.
Uma espécie de sacrifício que elas tinham necessidade de fazer, como se fosse algo pessoal.

Ao colocarem a terra em cima, Amai e Rafitcha fizeram uma cruz de madeira. Foi bem simples, com dois galhos entrecruzados em forma de cruz.
Amai nunca compreendeu a cruz. Era simplesmente o maior símbolo de tortura que existia, simplesmente algo horrível para se pôr em um túmulo. Mas todos acharam a escolha perfeita: acaso os mortos de Ophelia não eram como a cruz? Ophelia não era o símbolo da tortura e da maldade para as Campinas? Assim como a cruz significava sofrimento e a Ophelia significava tortura, e assim como Yohana foi uma das vítimas de Ophelia, morta de forma cruel e brutal, então a cruz seria uma forma de ninguém nunca esquecer o quanto a megalomania podia fazer.

A Ophelia era o Hitler, o Stálin e o Mao-Tsé Hung das Campinas.

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Bel entrou na sala, com seu vestido longo de mangas longas, azul-marinho com vários bordados delineando ramos de rosas.
- Belo vestido - cumprimentou Zidaly com a sua vestimenta habitual. Assim como Crazy, ela não era responsável pelos dragões, mas vivia naquela base com toda a sua pose de Comandante. Sim, assim que o Crazy foi promovido a posição de General, ela foi alçada ao posto de Comandante, e assim ficando atrás somente de Crazy. Ele odiava isso.
Ele a odiava.
- Obrigada - Bel murmurou - o que faz aqui?
- Dar palpites em seu fabuloso plano de mandar dragões às Campinas - Zidaly respondeu sem nenhum desembaraço - é interessante mandar suas soldadas e não mandar uma Comandante.
- Ora, está bem - Bel parecia incomodada com a intrusa, enquanto saía do seu biombo e colocava as luvas negras - está querendo dizer que quer saber porque não foi junto com Crazy?
No ponto exato, Bel.
Como a flecha que acerta o ponto certeiro no alvo.
Zidaly deu um sorriso torto, ajustando suas luvas de militar:
- Não seja tola, Bel - sorriu levemente - sabemos que você necessita muito da permissão do rei para esse plano tolo ir em frente.
- Plano tolo, Zidaly? - Bel parecia ficar surpreendida, embora em seu íntimo soubesse que Zidaly pudesse ganhar caso usasse o "rei" - nós iremos usar de dragões e derrotar Ophelia. Isso não é tolo. É a atitude certa.
Uau!...
- Claro que seria mais prudente deixar Ophelia em paz. As lendas não dizem que ela é superior a qualquer criatura na terra? - Zidaly apontou meia dúzia de livros em cima da escrivaninha. Sem exceção, todos carregavam em sua lombada títulos como "Os mais poderosos do Reino Mágico" ou "Ophelia - Depoimentos, Relatos, Dados sobre a Criança Mais Perigosa do Mundo".
Bel parecia irritada pela simples presença de Zidaly.
- Bem, não vou ficar dando palpites sobre quem você deveria colocar em sua lista - Zidaly se levantou, muito cuidadosa - mas acho melhor tomar cuidado com quem tira.
Bel nada disse. Somente aguardou que ela se levantasse e saísse da sala. Parecia preocupada com a hipótese de Zidaly recorrer ao rei para ir na missão de Campinas, mas voltou a sua atenção para a conversa que tivera mais cedo com a Gerogie

Tudo quente demais, ela resolvera usar uma máscara de proteção também.
- Olá, Bel - cumprimentou um dos seres, um dos dragões verdadeiros, enorme e vermelho, de expressão maléfica e presas brancas e polidas.
- Olá, Viac - Bel cumprimentou de volta, fazendo uma breve reverência.
O dragão olhou para ela com certa benevolência. Parecia um ancião, se assim tivesse esse tratamento entre os seres da mesma estirpe.
- Procuro Gerogie - disse Bel com austeridade, mas também com uma certa reverência.
Viac moveu sua cabeça para além de Bel, o que fez ela se virar. Parecia uma caverna subterrânea, e no meio um lago quente, de lava. Por toda a volta, a rocha subia para os céus, por onde subia toda a fumaça espumante e perigosa. Vários dragões em volta dali, nadando tranquilamente no lago de lava, dragões tão grandes e zombeteiros, de presas enormes e assassinas, e semblantes calmos como se tudo fosse perfeito e calmo. Era o refúgio dos verdadeiros dragões, cansados de tanta falsidade que se escondia nas Cavernas e entre eles.
- Gerogie - chamou Bel. Desmontara do cavalo assim que avistara a entrada.
Aqueles dragões odiavam cavalos em particular, e a presença de qualquer animal que fosse cavalo, égua, zebra, burro, jumento ou algo semelhante era expressamente proibida. E Bel nunca fez questão de mudar uma regra imposta pelos dragões.

Tão grande. De um vermelho quase rosado. Tão sutil e bonita, de olhos tão azuis e sorridentes.
- Hello, Bel - cumprimentou.
Ela sorriu. Tão benévola, que a adorava tanto!
De todos, Gerogie era simplesmente o dragão que Bel mais gostava.



Mil, mil, mil desculpas pela demora absurda! É que tive um problema muito chato de conexão que durou quase umas duas semanas, ou seja, fiquei impossibilitada de postar qualquer coisa. Sorry. Mas uma coisa boa: sem internet, a história foi minha única ocupação no pc (tirando manipular fotos pelo Corel Photo-Paint), então devo dizer que escrevi muito em pouco tempo. E tentarei tirar o atraso, okay? Muiiiito obrigada por me aguentarem, aguentarem a minha lerdeza e aguentarem a minha conexão mimada, rs. E um Feliz Natal/Feliz Ano Novo beem atrasado pra vocês. /o/

2 comentários:

Marii! :D disse...

AMAAAANDOO!
Agora o bicho vai pegar, Lunoska??? *-*''

Umrae disse...

Eu não sou cruel... Fria talvez, mas cruel não.
:*