segunda-feira, 22 de março de 2010

Parte 100 - Trilhando a fuga.

- Eu queria saber o que fazer - Rafitcha sussurrou, percebendo que o pé estava melhorando e ela poderia andar pelo abrigo todo, mancando um pouco. Erevan sorriu, remexendo entre os cabelos de Rafitcha. Ele não via sentido na guerra, mas compreendendo a defesa de Campinas e pouco interessado em ajudar, decidia simplesmente ficar na dele. Bel o tinha trazido com ela para colaborar com ela, e ele colaboraria. Porém Bel não pediu sua ajuda e ele não via no que poderia ajudar, a não ser nas lutas.
- Só se recupere - sussurrou Erevan - e fique ok para ajudar suas amigas.
- Você está ficando ao meu lado por quê? - Rafitcha se virou, incomodando a dor repentina no pé quando se moveu.
- Porque você é uma garota legal, mesmo com todo seu mau humor - Erevan respondeu com um sorriso - não posso? Além do mais já cumpri meu turno.
- Tem certeza? - Rafitcha riu - diga-me, você acha legal ser dragão?
Erevan olhou para Rafitcha pensando se era realmente legal.
Quer dizer, ser mais poderoso e antigo, sim, era legal. Mas nunca pensara nisso a sério.
Nunca mesmo.
- É - Erevan respondeu - e como é ser uma humana? Sem magia?
- Um saco - Rafitcha sussurrou - o meu consolo é de que não me envolvo muito nessas malditas guerras, mas não adianta... todas as espécies brigam.
- A briga é algo natural... e paz é um estado inconstante. Ela existe quando ninguém está interessado em brigar e é bem entediante viver assim, sem algo pelo que brigar, convenhamos... mas, Rafitcha, não precisa se preocupar com isso. Já está sofrendo demais por conta de seus pais, de seu pé, das pessoas que ama...
- Como posso evitar me preocupar? Aposto que meus pais ou estão morrendo ou estão mortos - Rafitcha esfregou os olhos, evitando o choro - e Johnny... ele enlouquece se perder a Raveneh. E Raveneh... presa, aprisionada nas mãos de Ophelia... céus, eu a ajudei, eu a vi de tantos jeitos... vai ser tão doloroso se Ophelia a matar...
- Não vai matá-la - Erevan ponderou - Ophelia quer Umrae, e não Raveneh. Se matá-la, que trunfo terá? Só a nossa raiva!
Rafitcha deu de ombros.
Não tinha pensado por esse ângulo, mas era verdade, não era mesmo? Raveneh não podia ser morta, não enquanto Ophelia não conseguisse seus objetivos... Umrae. Mas como conciliar dois desejos impossíveis?


Zidaly estava trabalhando, pondo para secar as roupas limpas.
Bel não a perturbava mais, tendo até esquecido de sua raiva, de tão preocupada que estava com o decorrer da guerra. Isso a deixava aliviada, mas também insegura para fazer qualquer movimento de vingança. Se um não queria, dois não brigavam, dizia o ditado e Bel não desejava mais brigar. Zidaly pedira por paz também, não foi? Sua raiva só se estendia ao Crazy, e ela não se esvaneceria com a guerra, como nunca tinha sumido entre os vários combates desde que Crazy terminara tudo com ela.
A dor de uma mulher rejeitada nunca passa.
Roupa de baixo, quase seca.
Calças azuis, marrons, cintos enormes e pesados. Suas mãos se cansavam da tarefa, seu ânimo diminuía mais e mais.
- Olá.
Ergue os olhos, já pensando em xingar se fosse algum dos guerreiros de Grillindor.
- Harumi - Zidaly controlou a língua, pensando que poderia ser pior caso xingasse.
- Deixe-me te ajudar - Harumi sorriu.
Seus olhos furta-cor cintilaram de confiança e sinceridade, o que fez com que Zidaly concordasse com um aceno, sem pronunciar algo parecido com sarcasmo. Aquela menina não era um anjo como parecia, mas decerto era a mais decente das criaturas que Bel trouxera. Harumi ficou ao seu lado, estendendo as roupas no varal em silêncio. Seu sorriso não mudava muito, mas emitia vivacidade.
- Continua com raiva?
Zidaly não sabia muito bem como responder à pergunta.
Continuava com raiva?
Ou simplesmente...?
- Não sei - foi sua resposta, e logo se arrependeu pela sinceridade.
- Raiva passa. Ódio... nunca - Harumi ajeitou um vestido azulado.
As duas ficaram olhando as roupas penduradas, e estendendo as camisas brancas novamente, as capas escuras, as botas que estavam praticamente secas. Tudo tinha que estar nos conformes até o amanhecer, com todo mundo preparado para a guerra.

- Você está com medo da guerra? - Zidaly perguntou, fazendo com que Harumi pensasse antes de falar.
Sua hesitação tinha nuances de tristeza.
- Sim. Ophelia é poderosa, e mesmo com essas Musas, eu ainda não acredito que vamos ilesos... alguém vai perecer.
- Que tristeza - Zidaly sussurrou.
Espero que Crazy não seja um dos mortos...
... eu não aguentaria, mesmo com todo meu ódio...
Ficaram caladas até terminar o serviço.

----------------------------------

Raveneh acordou sobressaltada. Tivera um de seus pesadelos, mas felizmente ninguém tinha entrado no aposento.
Fique calma.
Concentrou-se em escutar.
Só isso.
Escutar.

Um passo. Dois passos.
Muitos passos fracos, arrastados, ligeiros, nervosos de pessoas que trafegavam pelo castelo. Criaturas que tinham medo de Ophelia, sabia disso. Sabia disso como sabia que May estava bem. Simplesmente sentia.
Catherine iria lhe ajudar.
- Está bem agora? - não sabia se a voz era dela ou de Catherine. Mas a pergunta servia para ambas, e ambas confirmaram. Sua mente estava anestesiada, seu corpo amolecido estava confortável, as dores que sumiam. Surgiam, de repente, e acometiam Raveneh com sofrimento, mas eram tão rápidas e tão mais fracas do que toda aquela angústia que Raveneh já sentira tantas e tantas vezes...
Ficou em pé, encostada à parede, tentando raciocinar. Os passos alcançavam seus ouvidos, mas ouvi-los adiantaria o quê agora?
E então;
um suspiro.
- Bom dia, Raveneh - a voz de Ophelia era elegante e sensual, mas lhe dava calafrios. Só de lembrar de toda aquela dor alucinante, temeu perder o controle. Ofegou, tentando ficar do extremo lado oposto, visualizando o vulto da rainha entre as sombras. Atrás dela a porta aberta. Se fosse rápida, se fosse realmente rápida... poderia ultrapassar, poderia fugir... não poderia?
Não seja precipitada.
- Não adianta - Ophelia sorriu daquela forma tão malvada - não adianta, minha doce camponesa.
Fuja agora.
- Por que não consigo entender você? - Ophelia franziu o cenho de repente, como se ficasse intrigada com alguma coisa? Mas o que quer que seja, Raveneh não quis ficar. Preferiu tentar fugir diante dos olhos da sequestradora, seu corpo se movendo velozmente, impulsionada por Catherine. Ophelia não evitou, simplesmente a deixou ir. Escapar pela porta aberta.
- Posso não entendê-la - Ophelia disse, quase gritando para que Raveneh escutasse enquanto percorria os corredores do palácio - mas fugir de mim... é o mesmo que uma folha desejar nunca ter nascido de uma planta! Impossível!
E Raveneh entendeu.

Eufórica, aliviada e emocionada por simplesmente sair daquele maldito galpão, já entendendo que era dia, simplesmente parou. Não havia ninguém. De quem era aqueles passos que ela ouvira? Todos pareciam iguais, cruéis, escorregadios. Voltava, ia, não conseguia. A saída era impossível de se achar. Todas as janelas mostravam o céu e o sol, mas não conseguia nem se pendurar na sacada para olhar para baixo e saber a direção, simplesmente porque era como se um véu negro cobrisse todas as direções, além de que ela simplesmente não conseguia pular.
E no fim de cada corredor, Ophelia.
Se virasse, Ophelia.
Mesmo que desse um soco, o vulto se desfazia tão rápido como surgia, e ela aparecia tantas e tantas vezes... Raveneh começava a se sentir louca. As lágrimas enchiam seus olhos, e por mais que Catherine tentasse ajudá-la, tentando orientá-la pelo imenso castelo, parecia impossível. Ela não sabia o quanto andava, só sabia que o tempo corria. Ophelia estaria ali, no fim de cada caminho, com toda sua crueldade. Parou, então, chorando e chorando.
O desespero dava lugar à loucura.
- Não adianta - a voz de Ophelia vinha de trás? Ou será que Ophelia estava ali, adiante? Não conseguia nem ao menos identificar a origem da voz, só a autoria - você nunca vai fugir. Simplesmente não vai conseguir...
Maldita.
Não se deixe enlouquecer.
- Não vou.
Tinha sido tão tola! É claro, era óbvio que a porta aberta tinha sido uma armadilha... mas cega pela esperança de escapar viva, cega pela euforia, não percebera. E agora percebia que era como se estivesse em uma teia, uma teia que enreda os tolos e desprotegidos.
- Droga - ela se virou, percebendo o corpo de Ophelia.
Parecia tão real.
Mas sabia que se corresse, se fosse adiante, iria se evaporar no ar.
Se ficasse, seria devorada.
Se fugisse, seria capturada.
Desabou, no fim, à procura de sua sanidade.

Ophelia se aproximou. Sua voz não ecoava mais, nem parecia mais uma ilusão. Mas Raveneh não conseguia mais identificar a verdade, nem separá-la da mentira, e seu pavor crescera a ponto de ofuscar sua razão.
- O que você fez?
A rainha abraçou a fada com carinho, acolhendo toda sua tristeza e seu medo. Era como um veneno que matava sem doer. A dor vinha depois, talvez.
- Eu não quero que você fuja - declarou Ophelia - mas não se preocupe. Umrae lhe resgatará, e seu tormento vai sumir...
- Não vai - Raveneh se desvencilhou do abraço da rainha, encarando-a nos olhos. A voz era muito mais Catherine do que Raveneh, mas ambas compartilhavam a consciência - não vai... porque você não vai me fazer enlouquecer para eu esquecer o que fez comigo... e meu tormento nunca vai sumir, nunca, nunca...
- Quem é você? - Ophelia sacudiu Raveneh pelos braços - por que tem algo em você que não entendo? Tem coisas que não entendo...
- Não consegue ler meus pensamentos? - Raveneh gritou, histérica, as lágrimas lhe molhando a face - não consegue me manipular? Você pode tentar me fazer ficar louca, insana, incoerente... mas não pode me dominar, Ophelia, isso é algo fora do seu alcance... - e ria, sua risada ecoando pelo corredor de cristal.
Demorou uns poucos minutos para Ophelia entender.

Raveneh não era uma, era duas em uma.
Se ela desconhecia a existência de Catherine, e ignorava sua personalidade, como poderia manipula-la? E assim como poderia ter o controle de Raveneh se ainda havia Catherine para quebrar seu encanto? Raveneh tentava se recompor do pequeno momento em que fora induzida à loucura, Catherine ficando quieta para não ser descoberta por Ophelia.
- Você é dividida? - Ophelia quase riu, e não obteve resposta.
Raveneh só fez encará-la, o cabelo desarrumado, as vestes amarrotadas. O sorriso artificial e insano.
- Vamos voltar - Ophelia se ergueu, deu a mão - você precisa de comida.
- Por que eu comeria algo de suas mãos? - Raveneh se levantou sem precisar de ajuda - eu não estou tão louca assim...
- Porque você precisa comer - a voz de Ophelia era realmente provocante - e quando voltar, vai ter um bebê à sua espera...
Isso alterou a postura de Raveneh de forma significativa, ou seja, ela seguiu com a rainha, sentindo repulsa de si mesma e ansiedade. Além da sensação de covardia que experimentava e tentava engolir.

O lugar estava mais escuro do que antes.
A comida veio na forma de sopa rala com pedaços de macarrão, carne e cenoura e acompanhada de um copo d'água ao lado. Raveneh teve que se dar por contente que não fosse pão ou qualquer coisa que dêem para prisioneiros. E ainda se sentiu incomodada porque Ophelia estava ali, a vigiando enquanto comia. Como se não tivesse aprendido a lição o suficiente, ainda vinha a bruxa ficar calada, com os dois olhos brilhando no escuro de tanta maldade.
- Não tem que fazer alguma coisa? - ousou perguntar Raveneh ao terminar de comer.
- Enquanto os meus amigos não chegarem, não - Ophelia sussurrou - já fiz a minha proteção, e você foi meu teste. Digamos que fez o Controle de Qualidade, e espero que dê certo quando vier seus amigos.
- Quem são seus amigos? - Raveneh quase riu, só de imaginar que alguém gostaria de ser amigo de Ophelia. Mas ao imaginar um ser descomunal, com pinças e uma crueldade sem limites, calou-se.
- Eles vão dar dor de cabeça aos seus amigos - Ophelia respondeu meigamente - muita dor de cabeça. Já terminou de comer?
- Sim - Raveneh entregou o prato, sua hesitação flagrante em cada gesto. Ophelia achou isso louvável, mas nada disse ou alfinetou. Pegou o prato e levou para fora, a postura ereta de uma rainha e fazendo os serviços de uma serva. Mas Ophelia era toda contraditória e, bem, sua atitude sempre tinha sido insana perante a vida, para quê mudar?
Raveneh ficou sozinha.

Bem, ninguém poderia salvá-la.
Não se ela quisesse que todos saíssem sãos no final da jornada. Aquilo realmente fazia mal, todos aqueles corredores, aquela sensação de angústia... com certeza foi um feitiço que Ophelia pôs no castelo para evitar fugas, para fazer com que inimigos se perdessem em seu labirinto. Quem viesse salvá-la... iria se perder. O que ela poderia fazer para quebrar aquilo? Quem poderia andar pelo castelo sem se perder? Ophelia... e com certeza aquela ruiva... Lala? As duas estariam imunes ao poder do feitiço.
Será que o feitiço atingiria Umrae? Ou será que seria uma mágica universal, que atinge todas as pessoas, independente da espécie?
Não. Quem tem que sair daqui é você. Nós.
De fato.
Não queria fazer com que mais alguém se perdesse naqueles malditos corredores, e bem, ela poderia descobrir um jeito de sair. A segurança provavelmente estaria fragilizada, já que Ophelia seria toda confiante a respeito do feitiço e não faria tanta questão de que ela não pudesse mais sair. Com certeza iria se divertir e zombar todas as vezes que ela tentasse fugir, mostrando todo seu desprezo.
Ok.
Iria dar um jeito. Aquela vaca da Ophelia que pensasse que ela não iria conseguir. Se aquele feitiço tornava as pessoas loucas e mais loucas a cada segundo perdida, não tinha problema. Ela já tinha problemas, não era? Ela era uma garota problemática que tinha dupla personalidade e, se fosse uma humana em algum lugar tipo Istypid, teria sido internada em um sanatório há tempos! Aquela loucura não podia afetá-la. Não quando ela tinha Raveneh e Catherine dentro de si, e ambas eram escudos. Catherine não aguentou toda a dor e todos os traumas para proteger Raveneh? Agora, estava decidida, Raveneh iria proteger Catherine de toda a insanidade. E a outra face permaneceria lúcida e seria seu guia.
Isso tinha que dar certo.

----------------------------------

Uma trajetória.
Venenos a postos.
Zidaly e Harumi já tinham dado conta das roupas.
Polly, Ratta, Ti-Yi e Pauline entregaram relatório, conferindo que os dragões estão prontos.
Crazy e Luka cuidaram dos feitiços que iriam dar conta do segredo, ao menos até por dois dias, junto com as Musas que realmente ajudaram quando trataram de ocultar Campinas. Umrae estava com medo de que algo acontecesse com a própria terra no instante da luta, pois tinha ouvido falar de que o efeito de uma luta provocava terremotos e furacões, o que as Musas confirmaram. Então ajeitou essa parte também, e as Musas concordaram em proteger.
Durante a luta, perguntaram-se, como seria?
- Tem que ser em algum lugar com água - pediu Catherine.
Embora depois que tenha pedido o poder das águas encarnado dentro dela e isso a fizesse mais poderosa, ainda assim tinha a fragilidade da água ao redor. Todos concordaram, mas onde? Crazy estava acompanhado por Ly que indicava os territórios.
- Há o mar, além da floresta - sugeriu Ly - é uma área praticamente intocada, poucas guerras aconteceram lá.
- O mar não é bom - Catherine sussurrou - é muita energia minha, mas pouca dos outros.
- Aquela região que a gente ficou ontem - Sunny sorriu - tinha um rio correndo... na mesma área que estava uma fábrica abandonada, lembra?
- Sim, ela é boa - concordou Miih - tem equilíbrio. Tem ruínas, tem água, tem paixão... sei que se alimenta mais de paixão do que de fogo, Louise - Louise deu a língua sarcasticamente - tem tudo.
- Mas teremos que atrair Ophelia para lá - Loveh lembrou - como faríamos isso? Ela nunca sai dos limites do castelo!
- Então tem que ser algo especial pra tirá-la de lá - Miih sorriu.
Todos ficaram calados por um segundo, pensando seriamente em como fazer isso.
- Enquanto Ophelia sai junto com vocês, a gente vai lá e pega Raveneh de volta - sugeriu - aposto que aquela ruiva faz isso. Tipo, fazer com que ela saia do castelo.
- Mas não podemos sequestrar a ruiva - Sunny discordou. Lembrava muito bem de como Ophelia tinha ficado ao ver sua mãe e irmã nas mãos do inimigo. Uma besta enfurecida, e não queria tornar a vê-la daquele jeito, de todo o coração. Morria tendo a pele arrancada, mas contanto que não tivesse mais uma Ophelia louca e furiosa daquele jeito, estava bom.
Lala com certeza seria um ótimo alvo.

Não precisavam realmente sequestrá-la. Só precisavam atrai-la.
E fazer com que levasse Ophelia junto.
Alguma coisa tinha que funcionar.

Podiam tirar a ruiva por algum encanto mágico, unindo forças. Talvez ela não fosse imune, talvez simplesmente poderiam provocar Ophelia para uma luta. Simplesmente um desafio. Um jogo.
Se soubessem jogar, Ophelia aceitaria. E aí, tinham quase certeza, ela seria enredada pela própria arrogância.




Ah-Ah! Outro capítulo curto, composto de três trechos. Quando minhas mãos começaram a doer muito mesmo, eu já estava no final. Mas por ordem da mamadi queridinha eu não poderia digitar nada longe, então eu reli todo o capítulo e decidi encurtá-lo para postá-lo mais rapidamente, afinal se eu digitar mais devagar e com mais cuidado e fizer textos menores, eu posso continuar usando o computador.

Eu fiz a fuga de Raveneh de uma forma estúpida para mostrar as barreiras novas que Ophelia impôs no castelo. No próximo capítulo, vão descobrir mais sobre como essa proteção funciona e com que ela funciona, mas vale lembrar que é uma proteção do tipo universal, então todas as espécies podem serem afetadas, o que é o intuito de Ophelia. Raveneh não vai ser a donzela desprotegida, não é essa a minha intenção. Ela vai dar um jeito e só ela conseguindo para que mais pessoas não sejam enredadas pelas barreiras mágicas...

Eu queria, hm, falar de uma coisa: há algum tempo atrás resolvi fazer um template para o Três Fadas. Eu não mostrei no outro blog porque eu queria mostrar quando tivesse o capítulo 100 pronto. Ele está aqui, em um blog que uso de cobaia para testes de HTML, CSS e afins. Usei o template de Pernície como modelo, e eu realmente não sei o que achar dele. Eu gostei muito do fundo de madeira e do fundo branco, como um papel. Mas não sou muito fã das imagens de banner - eu gostei do mapa e do papel onde está escrito Três Fadas, mas as imagens em "fotografias". Eu queria colocar um dos desenhos que Umrae fez, mas não consigo acessar mais o Gaia Online, diz que minha senha está incorreta e por mais que peça pra enviar e-mail e confirmar e tal, diz que estou tentando entrar numa conta que não é minha (????). O mapa já tinha no computador... e achei esse itálico rosinha muito, muito estranho. Tipo é bonitinho, mas é estranho. O que vocês acham?

Enfim, dêem sua opinião! *-*

Um comentário:

Umrae disse...

Eu gostei do template. Os desenhos das personagens tem no meu Deviant Art ( umrae.deviantart.com ). É só procurar na galeria.

Ilusionismo é uma das escolas de Magia Universal. Já falei bastante sobre elas em ocasiões anteriores. Mas Magia Universal não é absoluta. Ela depende de fatores como força mental, é influenciada por bônus raciais, pelo próprio conhecimento que o personagem defensivo tenha sobre a técnica que atacante está utilizando (exemplo; um ilusionismo não funcionará bem contra outro ilusionista), estão sujeitas a counterspell (desde que o defensivo conheça bem e tenha sido capaz de identificar a técnica e o nível utilizado pelo atacante) etc.
Ah, quem usa magia como spell-like ability (inata, que não depende de treino e é automática, como habilidade natural) não tem conhecimento técnico para fazer counterspell da mesma habilidade de outro ser. Só tem essa habilidade quem usa magia adquirida (seja por estudo e treinamento como um mago ou clérigo, seja por percepção e canalização de magia, como um feiticeiro, bardo ou druida).

A barreira poderia ser quebrada por um counterspell (anulação de magia) poderoso (mas duvido que alguém nas Campinas tenha nível para tal), um feitiço de Divinação (ou adivinhação, outra das escolas universais, que permite ver ver o que realmente é ou o que acontecerá, durante o perído da magia), alguém que tivesse conhecimento total da planta do castelo para quebrar o efeito, etc.

Repito que sou contra usar a traidora da Lala como isca. E ninguém deve tentar resgatar a Raveneh. Caos se combate com caos, não se pode fazer nada que a Ophélia esteja prevendo/esperando.

A presença de água no campo de batalha é útil para outras coisas também.

Bjos