Dias.
Noites.
Mais dias.
Mais noites.
O fim do verão sempre vinha abafado e quente, como se tivesse que se despedir com força total.
Depois de três dias e quatro noites depois da volta dos guerreiros, as crianças aceitaram comer algo. Ainda estavam caladas demais, mas sentavam-se à mesa e comiam pouco, mas comiam. Só o menino mais velho falava, e só o que ele dizia era coisa como "por favor, onde é o banheiro?" e mais nada. No máximo, apresentou-se e disse os nomes.
- Eu me chamo Lani.
- E seus irmãos? - Raveneh tinha perguntado.
- Noir - disse o Lani apontando para o garoto do meio, de uns quatro anos - Mia - era a garotinha que ao ouvir seu nome, sorriu e acenou.
E nada mais disse de relevante. Mas pelo menos todos ali sabiam que eram três irmãos, do mesmo pai e mesma mãe: Lani, Noir e Mia. E todos tinham um sobrenome: Sekai. Aquilo significava, para Kitsune, que tinham pais do oriente, porque senão de onde viria aquele sobrenome tão oriental?
Os dois irmãos, Lani e Noir, eram morenos, de traços finos e olhos meio puxados.
A garota era meio loira, de pele clara, e seus olhos eram profundamente esverdeados que se mesclavam para o mel. Era bem diferente dos irmãos, a ponto de fazer os outros pensarem que ela era filha bastarda, vindo de outro pai ou de outra mãe. Mas quando questionados, os irmãos bateram o pé e afirmaram que Mia era irmã deles, e vinha do mesmo pai e da mesma mãe.
- Eu vi ela nascer da minha mãe! - afirmou Lani com raiva - e minha mãe jamais trairia meu pai!
Ninguém disse mais nada.
Rafitcha não quis ficar na enfermaria, dizia que era um ambiente deprimente demais. E era mesmo, considerando que Giovanna ainda gemia de dor ao sentir os nervos tentando se regenerar e Toronto fazia força pra não choramingar enquanto Nath tentava salvar sua perna. E, sem ligar para as ordens de Nath que diziam "repouso absoluto" de forma muito clara, escapou para a sala de estar, onde ficava a ajudar Amai quando esta tentava limpar.
- Experimente esfregar mais ali - e indicava com o dedo indicador para o canto da parede.
Amai, frequentemente, bufafa de raiva e ia seguir as recomendações de Rafitcha.
- Olá - Erevan aparecia com seus cabelos negros revoltos - como vai?
- De mal a pior - a acidez de Rafitcha não conseguia fazer com que Erevan se irritasse.
- Ora, que isso - Erevan sentou no sofá, ao lado dela, com um sorriso no rosto - você vai ficar bem muito em breve :D
Rafitcha só resmungou.
Seus cabelos castanhos emolduravam seu rosto, ainda um pouco juvenil, e sua expressão aborrecida se tornava tão jovial e doce quando Erevan a encarava. Ela se encolheu, vermelha.
- Bem, a enfermeira me obrigou a pajear você até ficar recuperada, dizendo que você precisa de cuidados e que sou o culpado por esses cuidados prolongados - Erevan tinha nas mãos um pacote embrulhado com papel pardo. Entregou-o para Rafitcha que o pegou, cuidadosamente, e desembrulhou com curiosidade.
Era uma caixa. Retangular, a tampa era bem trabalhada e muito provavelmente feita de jacarandá, uma madeira escura e cara. Abriu a caixa, intrigada, e abriu a boca, surpresa, quando viu os vários chocolates embrulhados em papel dourado. Todos os chocolates tinham o formato de uma estrela, e quando Rafitcha mordeu o primeiro, viu que o gosto era bom, se derramando na língua, tão suave e doce.
- Obrigada - Rafitcha disse, ao que Erevan respondeu delicadamente:
- Não sei se isso pode... mas Thá me disse que seria uma boa trazer um presente aos doentes, como vocês costumam fazer. E esses chocolates... comprei-os de Pauline, e são de Grillindor.
- Obrigada - Rafitcha repetiu e comeu o segundo chocolate com espanto.
- Não espere muito de mim - Erevan exibiu seus dentes brancos em um sorriso genuíno - eu sou só um dragão, não um cavalheiro.
- Um idiota - Rafitcha comeu o quinto chocolate sem peso na consciência - que vai cuidar de mim até eu ficar boa. Sabia que hoje seria o dia que eu cuido da cozinha?
- E?
- E eu não gosto de deixar Raveneh e Thá sozinhas lá... Raveneh tem a filha, e Thá cuidar de todo o almoço é uma crueldade, não é mesmo?
Erevan, vencido, se dirigiu para à cozinha, deixando Rafitcha comendo chocolates. Sozinha.
Zidaly vestiu um vestido que lhe caía pelos joelhos, feito de algodão. O avental era xadrez, em tons de areia.
Amarrou seus cabelos em um coque desajeitado e singelo.
E ficou descalça.
Nem se reconheceu quando se encarou no espelho, de tão básica que estava. O próprio rei a recusaria, e todos os outros homens também. Ela ofegou, tentando procurar a si mesma em toda aquela produção, sem conseguir. É tudo uma armadilha, pensou e assim conseguia se tranquilizar.
Desceu da sua cabana improvisada, onde ficava -ficava do lado de fora, e não com os outros dentro do abrigo. Ela mesma recusara esse abrigo lhe oferecido, dizendo que não iria se submeter a ninguém. Estava com ódio demais na época, e se arrependera quando vira que da sua pequena cabana, podia ver os demônios a lhe rodearem e os mosquitos a lhe picarem. Mas não queria voltar atrás, por orgulho.
- Olá - Zidaly desceu no abrigo, arrumando um pretexto qualquer - olá.
- Você é? - era Rafitcha, mas Zidaly não conhecia muito bem as pessoas. Só Umrae, e só porque ouvira Bel conversar com ela. E também porque era muito fácil identificar um par de olhos dourados e quase felinos, muito penetrantes.
- Zidaly - apresentou-se - sou do exército de Bel.
- Não parece ser uma guerreira - Rafitcha resmungou - ouvi falar de você. Sabe que Doceh a odeia?
- Imagino que sim - Zidaly teve que ignorar seus pensamentos que diziam algo como "Doceh deve ser uma vaca invejosa".
Zidaly ficou em pé ao lado de Rafitcha, observando Amai trabalhar silenciosamente na limpeza da sala.
- Sente - Rafitcha disse, quase em tom de crítica - eu fico incomodada com pessoas que estão em pé.
- Tudo bem - Zidaly sentou-se ao lado de Rafitcha, tentando imaginar como moveria a próxima peça. Movera um peão, agora seria outro? Ou deveria ser mais decisiva? Tinha que conseguir o amor das Campinas para dar o bote final...
As pessoas diriam que ela era estupidamente infantil e tudo o mais. Mas ela não tinha nada com que se preocupar: estava longe da guerra, dos seus amantes, dos seus prazeres e de suas obrigações que gostava de fazer. Só estava perto de Crazy, e essa era a única maneira de chegar aos braços dele, outra vez. Seduzir a todos. Seduzir a ele.
E vingar-se de toda pilhéria feita.
- Você veio pra quê, exatamente?
Essa morena parecia ser esperta. Tomar cuidado, anotou mentalmente.
- Falar com a Comandante - Zidaly respondeu respeitosamente - ela está por aqui, certo?
- Na enfermaria - Rafitcha franziu as sobrancelhas com suspeita - vá lá.
Zidaly pediu licença e se afastou, entrando na ala hospitalar. Não sabia bem onde era, mas não era difícil se guiar pelo cheiro de remédios e repreensões frequentes.
Bel estava falando em voz alta com alguém que dava uma espécie de relatório médico.
- Vou tentar a Técnica de Deneve - a voz prosseguia - espero que isso resulte em algo, mas se eu não conseguir... bem, eu não sei mais o que fazer. Ele realmente foi atingido e imensamente prejudicado, e... - a voz hesitou - é isso, Bel.
- Entendo - Bel disse. Parecia profundamente abalada - o que precisa para essa Técnica de Denuve?
- Deneve - corrigiu Nath apressadamente - preciso de um lugar mais fresco, total concentração. Eu mesma recolherei os princípios ativos, e também de outra assistente que não seja Thá. Não se preocupe, eu cuidarei de tudo. Hoje é lua nova, não é? Último dia...
- Sim - Bel disse - amanhã se inicia, realmente, o fim do verão. Os últimos dias.
- Isso é bom - Nath murmurou - bem, Bel, parece que alguém quer entrar na enfermaria. Por favor?
Zidaly ficou espantada.
E, sinceramente envergonhada, entrou na enfermaria parecendo cabisbaixa.
- Zidaly - Bel disse pronunciando tudo com o máximo de veneno que pôde.
- Comandante - Zidaly murmurou, tentando parecer o mais humilhada possível - boa tarde, Comandante.
- Vamos para fora - Bel murmurou - não vamos incomodar os doentes com sua voz.
Zidaly não retrucou ferozmente como era seu costume. Sequer moveu um músculo facial para expressar seu desagrado.
Quando já estavam fora da enfermaria, Bel fechou a porta educadamente e se virou para Zidaly, seu queixo erguido para frente numa postura agressiva. Seus cabelos estavam soltos, e isso lhe tirava um pouco do ar ameaçador, mas Bel não precisava mudar algo em sua aparência para ter uma certa postura. Sabia que bastava por si só causar medo e raiva em Zidaly, e causava até mesmo se estivesse acabando de acordar, enfiada na camisa de algodão mais esfarrapada e furada que tivesse.
- Eu... - Zidaly ofegou, tentando medir bem as palavras que diria - eu peço uma trégua, Comandante.
Bel franziu as sobrancelhas.
- Você está pedindo por uma trégua? Você?
- Sim - Zidaly disse - exatamente.
- Está bem - Bel não queria ter que pensar na maldita agora - que seja.
- Que fiquemos caladas, então? Uma a respeito da outra?
Bel não entendia muito bem, e imaginava que Zidaly estivesse armando alguma. Mas com que disposição ela iria tentar investigar isso, quando tinha tanta coisa importante pedindo por sua atenção como Toronto e Giovanna?
- Ok - e se afastou rapidamente dali.
Bel não sabia, mas só com o 'ok', ela havia determinado que Zidaly teria liberdade: de ir e voltar do abrigo, de sorrir e falar com os outros e direito à voz. E ao declarar trégua, declarava também pelos seus guerreiros, inclusive Crazy.
Mas agora o momento não era de se preocupar com os guerreiros de Grillindor, e sim com os de Campinas. Eles iriam adotá-la, adorá-la e adoçá-la para Crazy. E aí ela daria o bote em quem queria dar, e se afastaria dali.
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A decisão foi bem complicada, mas no final das contas foi a mais óbvia e fácil que fizera na vida.
Simplesmente não havia outra opção; seria como decidir por se matar no fogo quando você podia viver mais algumas horas ao lado de alguém que lhe fazia sorrir. Mesmo que o final fosse destrutivo para as duas, Lala sentia que seria melhor ficar ali até o final, ajudar Ophelia e morrer com a honra de uma guerreira, ainda que do lado errado.
Ophelia estava muito melhor, e enquanto ela se recuperava do choque de enfrentar alguém e sair tão ferida, Lala tentava cuidar do castelo. Estava tudo uma imundície, tudo largado aos Glombs que odiavam a Majestade e mal trabalhavam, e muitos fugiam com a falta de vigilância. A única coisa que fazia com que aquele palácio não ficasse sem criado era só o medo dos demônios que viviam lá fora e dos quais ninguém conseguia se defender. Por isso, Lala tinha que se certificar de que o mundo ficasse ainda mais perigoso para não correr o risco de um dia acordar e perceber que não havia nenhuma alma naquele castelo.
Naqueles poucos dias, ela chamou os poucos demônios que havia em volta do castelo e negociou.
- Chame os mais perigosos que tem pela cidade - ela havia dito - e diga para que eles fiquem em volta daqui.
- Pra quê? - um dos seres indagou - a Rainha pouca liga para nós. Só estamos aqui porque não temos lugar pra ir. Mas Ophelia não é mais nossa líder.
- Mas não falo por Ophelia - Lala murmurou - ela só estava com raiva no dia. Mas ela ajudará os demônios, e será a sua rainha.
- Como? - o demônio retrucou, desconfiado - ela não salvou aqueles que estavam em Heppaceneoh.
- Ela tentou - Lala mentiu - mas as Campinas montaram uma barreira mágica que faz com que ninguém possa entrar, nem mesmo Ophelia. E ela foi atacada por alguém muito bom.
- Se ela é tão fraca assim, como pode ser a nossa líder? - foi a réplica que ouviu.
Lala tentou respirar fundo e ser paciente, como podiam aqueles seres saberem algo dos poderes de Ophelia?
- Ela não é fraca. O feitiço usado que foi muito poderoso e... - Lala deu um sorriso torto, como se quisesse desafiar - Ophelia pode perder pra alguns seres, mas decididamente ela é mais forte do que todos vocês juntos.
Os demônios se calaram, sem dizer palavra. Sentiam a verdade nas palavras de Lala, e demonstravam arrepios ao lembrarem de como Ophelia os convocara: às vezes com a palavra, e às vezes com a força.
Era perigoso demais.
- Está bem - disse um dos monstros - nossa lealdade voltará a ser de Ophelia. O que precisamos fazer?
E a ruiva falava.
O céu se escureceu, abrindo espaço para o silêncio.
Ophelia até sentiu cinco formas de magia se mexerem até onde podia sentir, mas não quis se dar ao trabalho de identificar. Estava muito agitada, tentando aprimorar seus poderes novos. Descobriu que podia pegar as sombras e uni-las completamente e lançá-las contra alguém. E se estivesse muito concentrada, e se movesse as mãos de um certo jeito, as sombras iriam se tornar fantasmas, quase que sair das paredes e chãos, e surgirem como espíritos: sem matéria, sem corpo, somente uma neblina escura.
Tudo isso lhe cansava muito, ainda mais quando ela tentava unir as sombras à própria personalidade, assim como os braços 'esticáveis' sempre foram parte dela mesmo. Ofegava, e não queria comer nem dormir, de tão excitada que estava com a descoberta dos poderes. Era como um transe, era como uma sensação que lhe percorria o corpo.
Era como se ela pudesse fazer tudo, e nada, nada estava fora de seu alcance.
Sentia que se quisesse, ela podia pegar a lua e colocá-la em seu quarto, só para ela.
Respirava fundo, e sorria.
Seus cabelos desarrumados estavam mais compridos, e aparecia traços de cansaço em seu rosto, marcas de feitiços que custavam muito da alma.
Estava quase nua, havia marcas de poder que lhe rasgava as roupas, a pele, a carne e chegava a ferir tão profundamente!
- Majestade - Lala entrou no quarto sem pedir licença, não precisava mais - Majestade.
- Não me chame de Majestade, não é mais minha criada - Ophelia se incomodou, aceitando a ajuda de Lala quando esta se aproximou, e começou a arrumar a cama.
- Está bem - Lala sussurrou - está na hora de seu banho - e se controlou pra não repetir 'Majestade'.
Ophelia aceitou os agrados de Lala que lhe pegava pelos braços, tentando fazer com que a rainha não tivesse nenhum acesso de loucura. Quando Lala tinha paciência, ela era muito talentosa para que Ophelia não ferisse ninguém.
Ophelia tomou o banho, enquanto Lala vigiava a porta do banheiro.
A cada dia que passava, tinha que tomar um cuidado absurdo e redobrado: Alicia estava sempre, apressada, porque tinha recebido o encargo de cuidar do castelo. E ela podia planejar algo como uma fuga seguida de um assassinato. Ainda que Ophelia fosse a toda-poderosa, Lala temia pela sua segurança quando a rainha não era capaz de pensar direito.
Seus olhos tremeram de sono.
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- Chegamos - foi a declaração de Miih.
Foram rápidas, até se arriscaram bastante a serem descobertas.
E a cidade, a capital das fadas, se estendia diante delas com toda a sua imponência quebrada, como alguém gritando por socorro enquanto é humilhado e abatido. Destroços, pedaços de vidas inteiras pelo chão.
Os anjos duma praça lá tinham sido espatifados.
Gotas de sangue em toda parte.
Sombras ameaçadoras e rebeldes nos cantos.
E até mesmo o céu ganhava contornos de terror naquele cenário.
- Miih - Sunny ofegou, quase perdendo o controle - Miih...
- Fique calma - Miih sussurrou, mas ela também estava tão nervosa: aquele cenário era simplesmente assustador, e ainda havia o poder de Ophelia que ela estendera para todo o canto. Não havia uma única criatura por ali que não pudesse sentir a vigilância da rainha, e toda sua crueldade.
Maldade era o cheiro da capital das fadas.
- Ok - Sunny sorriu - veja só, dá até para sentir quando Ophelia estiver furiosa daqui...
Seu sorriso era tremido.
- Temos que procurar Catherine antes de agir - lembrou Loveh - ela deve estar por aqui, a nossa espera.
- Espero que esse tempo tenha sido o suficiente para ela se recuperar - murmurou Louise - aquilo que ela fez deve cansar tanto...
- Acho que foi - Sunny disse, tentando ficar entusiasmada - ela deve estar bem.
Ninguém disse mais nada. Não se conseguia sentir Catherine daí, mas ela podia estar ocultando seus poderes para fugir de Ophelia. E ela podia nem estar por ali, e sim no mar onde recuperava suas forças de forma integral.
As cinco prenderam a respiração por um segundo: parecia-lhes que sentira algo se mover sob aquele manto de poder tão 'opheliano'.
Era só um demônio meio tonto.
Uma mínima perturbação, que mal seria sentida se as Musas não fossem tão talentosas para isso.
- Vamos procurar Catherine - disse Alice, cuidadosamente - e aí executaremos Ophelia.
- E se morrermos? - perguntou Louise quase se afligindo.
- Isso é o de menos - Sunny passou as mãos pelos cabelos loiros - o importante aqui é matar Ophelia. Depois a gente se preocupa conosco.
Weeee, cap 94 *-*
Rattinha, eu também nem imaginava que Ophelia libertaria Lala, mas quando comecei a escrever, isso me soou tão, mas tão natural, tão normal como se fosse óbvio *-*
Umrae, caraaaamba, que história, hein O.O
Essas moonblades me parecem tão exigentes, dizimando os atrevidos. Prender a alma de uma pessoa à uma espada me soa surreal, mas como adoro coisas surreais. E foi bom ter dito mais a respeito de Faërun, sua organização, sua corrupção, etc. 'Moonblade' significa, literalmente, espada da lua, certo? Essa tradução tem algo a ver, ou estou viajando na maionese?
Hmmm, eu PASSEI no negócio da Olimpiada! Isso quer dizer: eu.vou.viajar.pra.Campinas-SP *-* Só vou ter um dia de 'folgaa', mas quem se importa? É uma viagem (:
;*